Almerinda Pessoa da Silva 08/12/1949 – 08/04/2021
Filha do delegado de polícia Antônio Dutra da Silva e da dona de casa Maria das Dores Pessoa, Almerinda Pessoa da Silva nasceu e cresceu em Restinga Sêca. Ela estudou até a 3ª série do Ensino Fundamental e, aos 19 anos, mudou-se para Santa Maria.
No Coração do Rio Grande é que Almerinda construiu sua família. Ela era divorciada, mas foi casada por 49 anos, e desta união nasceram os dois filhos, Adroir e Neida, e mais tarde o neto Arthur e o neto de coração Jonathan.
Almerinda trabalhou como autônoma, manteve, por um tempo, um bar na casa onde morava, e era revendedora de Avon e de seus crochês que fazia com capricho. Suas maiores paixões eram os filhos e os netos, com quem passeava sempre que podia, além de suas três cadelas e as folhagens que cultivava com muito amor.
O filho, Adroir, lembra que mesmo com todas as dificuldades que passou – Almerinda perdeu a mãe aos 5 anos, e o pai aos 15, e depois perdeu seus dois irmãos, Valmor e Alberi – estava sempre disposta a ajudar:
– Uma mulher como mãe não tem o que falar, pois era uma pessoa que estava sempre pronta para ajudar a parentes filhos e até quem nem conhecia. Vi ela tirar o pouco que tinha para ajudar os outros. Nos deixa a educação de sempre respeitar as pessoas, porque não se faz para os outros o que não se quer para você.
Religiosa, Almerinda sempre que podia ia à igreja, e era uma frequentadora assídua da Romaria. Desde que seu filho conheceu a companheira Fabiana Duarte dos Santos, a considerava como uma filha:
– Uma das melhores lembranças que tenho com ela é que na minha formatura ela substituiu o lugar da minha mãe, que já tinha partido e não teve o privilégio de estar nesse momento, e foi ela quem me deu o anel de formatura. Nós te amaremos eternamente! – relata a nora.
Almerinda Pessoa da Silva morreu em 8 de abril de 2021 no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), aos 71 anos, vítima da Covid-19. Ela foi sepultada no mesmo dia no cemitério da localidade de Barro Vermelho, em Restinga Sêca.
David Leal da Rocha24/09/1930 – 04/04/2021
Filho do pecuarista Justino Leal da Rocha e da dona de casa Maria José da Rocha, David Leal da Rocha nasceu na localidade de Sarandi, na época distrito de Santa Maria. Junto com seus seis irmãos – Martins Manoel da Rocha, Dari da Rocha, Lauri da Rocha, Julio da Rocha, Emilia da Rocha Martins e Julieta da Rocha Medeiros – estudou na propriedade onde morava, pois a professora naquela época ia até sua residência para ensinar.
Em 1951 mudou-se para Santa Maria, e por dois anos trabalhou na Cooperativa da Viação Férrea. Em 1953, mudou-se para Porto Alegre para trabalhar no Aeroporto Salgado Filho, e em 1957 retornou para o distrito onde nasceu. Foi neste período que conheceu a esposa Alice Paim da Rocha, com quem casou em 1959 e permaneceram juntos por 62 anos.
Da união do casal, nasceram sete filhos: Renato José Paim da Rocha, Regina Maria da Rocha Rosa, Danúbio Justino Paim da Rocha, Júlio Cezar Paim da Rocha, Luiz Henrique Paim da Rocha, Laura de Fátima Paim da Rocha Chagas e Marçal Paim da Rocha. O casal também teve oito netos – Henrique da Rosa Sobrinho, Carolina da Rocha Rosa, Ruan Martins da Rocha, Rômulo Martins da Rocha, David Leal da Rocha Neto, João David Colares da Rocha, Manuela da Rocha Chagas, Juliana Degregori da Rocha – e dois bisnetos, Mateo Almeida da Rosa e Caetano da Rosa Schneider.
Recém casados, David e Alice moraram na localidade de Cerro da Porteirinha até 1973, quando no ano seguinte mudaram-se para Santa Maria. Na cidade, ele foi proprietário de um açougue, trabalhou na Câmara de Vereadores e na prefeitura, nas secretarias de Obras e Cultura.
David foi um homem de muita fé, devoto de Nossa Senhora de Fátima, e sempre que podia participava das missas na paróquia de Fátima. Ele amava andar a cavalo e estar no campo, e tinha uma grande paixão pelo chimarrão, pelo churrasco, de uma boa reunião com os amigos e de ver a família unida.
– Foi um pai, avô, amigo que sempre era visto como exemplo de maneira positiva, bem humorado e uma pessoa muito tranquila. Sempre foi presente na vida de seus parentes, principalmente logo após a notícia de que sua esposa, Alice, foi diagnosticada de Alzheimer, mesmo com grandes dificuldades esteve sempre preocupado e cuidando dela, companheiro de todas as horas – lembra o filho Júlio Cezar.
A neta, Manuela, conta que o cuidou em seus últimos dias, e o considerava seu segundo pai:
– Tive o grande prazer de poder conhecer e conviver com o meu avô, ele sempre foi uma pessoa muito alegre, que sempre apoiou as minhas decisões e esteve do meu lado, mesmo com a distância, na qual estivemos por mais ou menos sete anos, quando me mudei de cidade. Agradeço por ter tido a sorte de poder cuidar dele em seus últimos dias, onde conversamos muito e matamos a saudade de anos longe. Ele sempre estará no meu coração, e de toda família – comenta a neta.
David Leal da Rocha morreu em 4 de abril de 2021, aos 90 anos, vítima da Covid-19. Ele foi sepultado no dia seguinte no cemitério da localidade de Sarandi, que hoje pertence ao município de Dilermando de Aguiar.