Deni Zolin: Prejuízo na safra de soja e arroz totaliza R$ 6,5 bilhões na região

Deni Zolin

Deni Zolin: Prejuízo na safra de soja e arroz totaliza R$ 6,5 bilhões na região
Foto: Leomar Flavio Alves (Arquivo pessoal – 14/06/2019)

Com o fechamento da colheita da soja e do arroz, é possível ter uma ideia mais precisa do impacto econômico da forte estiagem que afetou a safra 2021/2022. Com base em dados da Emater Regional, levando-se em conta os preços atuais dos grãos, o prejuízo total passa de R$ 6,5 bilhões só aqui no centro do Estado.

Como a Região Central tinha 985 mil hectares de soja e a perda média foi de 35 sacas por hectare (caiu de 55 sacas, no ano passado, para apenas 20 sacas de média este ano), os produtores deixaram de colher aproximadamente 34,4 milhões de sacas do grão. Levando-se em conta a cotação de R$ 185 a saca, a perda total chega a R$ 6,3 bilhões só com a soja.

Como a média colhida foi de 20 sacas, o total produzido de soja ficou em aproximadamente 19,7 milhões de sacas aqui na região, o que gera uma receita de R$ 3,6 bilhões. O problema é que isso não banca os custos da safra. Claro que a situação varia de um agricultor para outro, já que a produtividade varia de uma propriedade para outra. Se a média ficou em 20 sacas no balanço geral, teve agricultor que pode ter colhido 30 ou 40 sacas, se teve sorte de a lavoura receber chuva na época certa, enquanto outros colheram 10 sacas ou até nada.

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No caso do arroz, os prejuízos foram menores, de 15%. Como a área plantada é de 122.920 hectares e houve uma redução de 23,8 sacas em relação à safra passada (caiu de 163,8 para 140 sacas por hectare de média), a região deixou de colher cerca de 2,9 milhões de sacas do grão. Pela cotação de R$ 68 a saca, isso equivale a R$ 198,3 milhões a menos no bolso dos agricultores.

Claro que uma pequena parte desse prejuízo é coberta pelo seguro agrícola. Mas é um valor expressivo que deixa de circular na economia da região. Parte dele seria usado para comprar imóveis, veículos, máquinas agrícolas ou no comércio e nos serviços dessas cidades. Se todo esse valor fosse usado para comprar apartamentos, daria 32,5 mil imóveis, por exemplo.

Deni Zolin, [email protected]

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