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Defesa de réu do Caso Kiss vai pedir nulidade do júri

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Logo após o encerramento do décimo e ultimo dia do júri do Caso Kiss, as defesas dos réus Mauro Hoffmann, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos já se manifestaram sobre intenção de recorrer. A representação de Elissandro Spohr foi a única que não se pronunciou. Pelo menos uma das defesas vai pedir que o júri seja anulado.

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O advogado Jean Severo, que representa Luciano Bonilha Leão, afirmou que o pedido será encaminhado até a próxima quinta-feira. O pedido de nulidade é baseado na menção ao silêncio do réu durante o interrogatório, feita por um assistente da acusação. Isso pode ser interpretado como descumprimento de normas, passível de anulação do júri.

Caso o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) não acate o pedido de anulação, a defesa se prepara para solicitar a redução de pena. Luciano foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado. Ele pode recorrer em liberdade, assim como os outros réus, por uma liminar solicitada pela defesa de Elissandro.

A advogada Tatiana Borsa, que representa Marcelo de Jesus dos Santos, também afirmou que vai recorrer. A defensora disse que a sentença ainda é analisada, mas que um dos pedidos deverá ser pela readequação da pena, que foi considerada por ela como "muito alta'. Marcelo, assim como Luciano, foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado. A defesa não descarta analisar um possível pedido de nulidade.

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O advogado Bruno Seligman, da defesa de Mauro Hoffmann, afirmou, ainda na sexta-feira, que a bancada vai avaliar a sentença "com calma", assim como as possibilidades de nulidade. A pena, que para Mauro foi de 19 anos e seis meses em regime fechado, também pode ser questionada.

A defesa de Elissandro Spohr afirmou que não vai se manifestar. Na página pessoal do Instagram, o advogado Jader Marques exaltou o habeas corpus preventivo, chamando de "a liminar mais sensacional da minha advocacia". Ele também fez um post com a família de Elissandro Spohr, afirmando que "ainda vai lutar muito mais do que fiz até agora, porque não existe esse dolo eventual". O ex-sócio da boate foi quem teve a maior pena, com 22 anos e seis meses em regime fechado.

ESPERA
Enquanto não houver julgamento do habeas corpus, os quatro condenados aguardam em liberdade. Eles podem sair da área da comarca que ocorreu o julgamento. Luciano e Marcelo vivem em Santa Maria. Elissandro é o único que deve permanecer em Porto Alegre, onde mora. Mauro Hoffmann também pode retornar para o município em que reside hoje, no Estado de Santa Catarina, conforme fontes da reportagem, mas sem confirmação dele ou de representantes.

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