As aulas estão voltando e com elas, volta também uma preocupação de vários pais: a segurança com os filhos que precisam, muitas vezes, atravessar sozinhos ruas movimentadas para chegar à escola. O Diário percorreu 18 instituições de Santa Maria para observar se existiam e em que condições estão as faixas de segurança no entorno dos estabelecimentos de ensino.
Dos colégios percorridos,11 contam com faixas de segurança em frente aos portões de acesso e todas estão localizadas em ruas asfaltadas. Nas outras sete escolas, não há a demarcação de faixas, e seis ficam em ruas de calçamento, onde a prefeitura afirma que não é possível fazer a pintura (leia texto ao lado).
Na blitz. foram visitadas as três maiores e as três menores instituições de cada uma das redes de ensino (estadual, municipal e particular), com base no número de alunos de cada instituição. Os dados foram fornecidos pela 8ª Coordenadoria de Educação, pela Secretária de Município da Educação e pelo levantamento da Secretária de Educação do Estado, com base no último censo escolar realizado, em 2014.
Um dos colégios que não conta com faixa é a Escola Municipal de Ensino Fundamental Erlinda Minoggio Vinadé, no bairro São João. Conforme o aposentado Antônio Cassemiro da Silva, 64 anos, que reside ao lado da escola há 25 anos, nunca existiu faixa em frente à instituição, que está em uma rua de calçamento. A situação preocupa o morador, já que, segundo ele, há bastante movimento no local.
Tem um atacado aqui do lado que gera bastante movimento. Nunca existiu faixa aqui, e a gente se preocupa, porque, por mais que a maioria dos pais venha buscar as crianças, é perigoso, tanto para eles, quanto para pessoas mais velhas destacou o aposentado.
Situação semelhante ocorre na Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmão Quintino, no bairro Juscelino Kubitschek. De acordo com o zelador da escola, Jorge Pacheco, existia uma faixa no local, que se apagou em função da chuva e não foi repintada novamente:
Sempre cruza bastante carro por aqui, pois é o caminho para os outros bairros, então, acaba ficando perigoso. Já pedimos para a prefeitura melhorar essa situação, mas, até agora, nada. Tem que estar atento na hora de atravessar.
Dos locais que contam com as faixas, cinco estão com a pintura em bom estado. As outras seis estão com a demarcação desgastada, como é o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental Adelmo Simas Genro, no bairro Nova Santa Marta. Além da má conservação da pintura, os moradores reclamam também da falta de sinalização, já que a rua é asfaltada e, segundo eles, os motoristas costumam correr pela via.
A faixa ajuda, porque faz ter mais atenção, mas só ela não adianta. Precisava ter um quebra-mola, pois tem muitos motoristas que não respeitam afirmou a dona de casa Rosangela Pereira da Silva, 36 anos, que tem quatro filhos, com idades entre 11 e 16 anos, que estudam na escola.
Nas escolas do Centro, como o Marista Santa Maria e o Colégio Franciscano SantAnna, há a demarcação de faixas, que estão em bom estado. Já em frente ao Colégio Manoel Ribas, por exemplo, há a presença de faixa, mas o estado de conservação é precário. Conforme a prefeitura, esses locais devem receber uma nova pintura.
Pinturas receberão manutenção
A prefeitura está trabalhando, desde 10 de fevereiro, na manutenção das faixas de segurança que já existem em frente às escolas. De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Miguel Passini, todas as instituições de ensino que contam com faixa de pedestre receberão nova pintura até o final do mês. O secretário destaca que o trabalho já foi feito nos bairros Itararé, Perpétuo Socorro, Campestre, Dores e que Camobi receberia a ação ontem.
Estamos há uma semana realizando esse trabalho, e todas as escolas que tiverem faixas serão repintadas. Nas do Centro, em função do trânsito, vamos fazer o trabalho de manutenção n