Corpo de pediatra que morreu em acidente em Santa Maria será sepultado nesta sexta-feira

A médica pediatra Doralice Santana Silva, 46 anos, sofreu um acidente de carro na manhã desta quinta-feira, na BR-287. A pediatra, que dirigia um Ágile, colidiu frontalmente com um Gol. Doralice morreu na hora. Na tarde desta quinta-feira, o motorista do Gol, Luis Carlos Cervo, 31 anos, estava internado no Centro de Terapia Intensiva Neurológica do Hospital de Caridade, em estado regular.

O velório do corpo de Doralice começou às 17h30min desta quinta-feira, na Capela 2 do Hospital de Caridade. O enterro será nesta sexta-feira, às 16h, no Cemitério Ecumênico Municipal.

O acidente aconteceu na BR-287, próximo à Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Santa Maria, na manhã desta quinta-feira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por volta das 8h, o Gol, que era conduzido por Cervo, e o Ágile, que tinha Doralice como motorista, bateram de frente.

Médica era carioca

Doralice era natural do Rio de Janeiro. Ela veio para Santa Maria em 2012, junto com o marido, o militar santa-mariense Geovane Alexandre Ziegler Reginatto, com quem tinha um filho de 11 anos. A médica tem outro filho, de 22, que mora na cidade natal da mãe.

Reginatto conta que os dois se conheceram em 2001, em um hospital da capital fluminense, onde ambos trabalhavam. Com a transferência para Santa Maria, a pediatra veio acompanhar o marido. Aqui, passou em um concurso municipal e atendia no Pronto-Atendimento (PA) do bairro Patronato, em uma unidade de saúde do Passo das Tropas, na Unidade de Pronto-Atendimento e no Posto Ruben Noal, no bairro Tancredo Neves, e no hospital municipal de São Pedro do Sul, para onde ia quando aconteceu o acidente.

— Ela era uma pessoa muito carinhosa, extremamente dedicada à família e ao trabalho, tanto é que morreu indo trabalhar. Ela tinha um coração muito bom, estávamos sempre juntos quando podíamos — recorda o marido.

"Não dá para acreditar no que aconteceu"

As colegas de Doralice no Pronto-Atendimento do bairro Patronato ainda estão abaladas com a notícia da morte de Doralice:

— Todo mundo entrou em surto com a notícia. Era para ela estar aqui agora, no plantão conosco — conta Rosângela Lovato, também pediatra no PA do Patronato.

— Ela era muito falante, cativante e interessada no trabalho, procurava sempre resolver os problemas dos pacientes — completa Cleci Maria Cardoso, coordenadora do PA do Patronato.

— Não dá para acreditar no que aconteceu — finaliza Rosângela.