As questões que envolvem a coleta do resíduo urbano de Santa Maria estão a pelo menos três meses de terem novas propostas e soluções. Os dois contratos milionários de coleta, tanto do modelo conteinerizado, quanto da convencional, que tinham vencimento nesta quarta-feira (31), seguirão em funcionamento por, pelo menos 90 dias, por meio de um aditivo emergencial.
A data também marca o lançamento dos dois novos contratos para a coleta de lixo – que substituirão totalmente o sistema atual – e que também foram adiados. Segundo o secretário de infraestrutura e serviços públicos, Wagner da Rosa, os contratos emergenciais têm valores de cerca de R$ 971 mil para a coleta convencional, e outros R$ 540 mil para a conteinerizada, e seguem sob responsabilidades das empresas atuais, com possibilidade de ser prolongado por mais 90 dias, o que adiaria a solução para março de 2023.
— Fizemos um levantamento de preços, mas, ainda assim, saiu mais barato seguirmos com as empresas atuais, a Conesul e a Sustentare. Claro que se torna mais barato por eles estarem atuando e já terem a estrutura de caminhões e da equipe em funcionamento, porque outra empresa teria que trazer tudo isso de novo — justifica Wagner sobre a escolha das mesmas empresas.
Atualmente, quem presta o serviço conteinerizado nos Bairros Centrais da cidade é a empresa Conesul Soluções Ambientais, com custo anual de cerca de R$ 5,9 milhões. Este é o oitavo aditivo de contrato, que mantém vigência desde o ano de 2016.
Nas demais regiões e distritos de Santa Maria o recolhimento dos resíduos é feito pelo modelo de coleta convencional, com caminhão e recolhimento manual por garis, através de lixeiras dispostas nas calçadas das residências. Essa forma de coleta tem custo de R$ 11,5 milhões ao ano. A responsabilidade é da empresa Sustentare Saneamento, que atua também desde 2016, com 12 aditivos.
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Novo edital adiado
Um novo edital para substituir o sistema atual de coleta de resíduos sólidos na cidade estava marcado para ser lançado no também nesta quarta-feira (31). O novo prazo, segundo o secretário Wagner, está previsto para ser lançado em até 30 dias, e a ideia é que dentro dos 90 dias do prazo emergencial, sejam definidas as empresas que farão a coleta conteinerizada e coletiva em Santa Maria:
— A princípio, na semana que vem enviamos o documento pro setor competente das licitações, e acredito que no máximo em 30 dias esteja ocorrendo a licitação. Por ser um contrato muito grande, o maior da prefeitura, estamos tendo uma série de cuidados para melhorar o serviço.
Através deste contrato, a prefeitura pretende melhorar o serviço prestado atualmente, e trocar por novos todos os cerca de 600 contêineres dispostos em ruas centrais da cidade. O novo edital também planeja o realinhamento da coleta com base em uma análise que apontou as necessidades atuais de horários e quantidades recolhidas em cada local, prestando um serviço mais eficiente.
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