Qual a melhor maneira de dar aula?
Não tenho a pretensão de responder a tal pergunta, mas quero abrir espaço para pensarmos sobre o tema. Esse é um questionamento permanente desde a época em que eu era estudante, de quando arrisquei dar aulas por um curto período de tempo, e de agora, como mãe.
Quem me acompanha desde a época do blog Em Nome do Filho, sabe dessas indagações constantes. Uma certeza é que o sistema tradicional é falho. Vem ganhando espaço o método de sala de aula invertida (leia aqui entrevista com Jonathan Bergmann, pioneiro no método de sala de aula invertida). O professor não é um mero reprodutor de conteúdo, mas propõe aprendizagem ativa e interage mais com os alunos.
Não sei se o sistema é o caminho para um futuro escolar mais produtivo e condizente com a realidade atual. Acho que ter uma base de conteúdo anterior à atividade presencial enriquece a discussão e o conhecimento de todos os envolvidos, seja de professor ou alunos.
Confira este vídeo de um professor que explica como sua a técnica de aula invertida:
Não é possível ignorar a tecnologia como acessório para ampliar o nosso conhecimento e disponibilizar as ferramentas de forma igualitária. Se o aluno não tiver o acesso à tecnologia em casa, o ideal seria a própria escola disponibilidade um tempo dentro da atividade escolar para utilizar a ferramenta e estar pronto para a aula seguinte. Porém, em tempos de salário parcelado, é um tanto embaraçoso tratar do tema.
Apesar de todo o cenário complicado educacional, o método de dar aulas precisa estar em constante reflexão. Enfim, precisamos experimentar novos processos e "jeitos" de estudar mais adequados a nossa sociedade. No mundo do trabalho também estão surgindo novas formas de trabalhar. O sistema de google, os ambientes compartilhados (cooworking), a divisão do trabalho em momentos de ócio e de produção intensa, o trabalho avaliado pela produtividade e não por tempo de serviço ... e por aí vai.
O nosso mundo está em constante transformação, e o ambiente escolar também precisa se adequar. O nosso mundo é cada vez mais disperso. Observe à sua volta: quem está ao celular? quem está falando com outra pessoa presencialmente? quais as plataformas que nós e nossos filhos usamos para nos comunicar? ... e os questionamentos são inúmeros.
Como exigir que crianças, adolescentes e jovens consigam ficar sentados numa classe por horas a fio sem se distraírem ou ficarem entediados? Aposto, até o professor finge que aguenta.