com a palavra

Cirurgião plástico fala sobre a vida e paixão por motos


Fotos: Sergio Almeida Silva (arquivo pessoal)
Viagem ao Grand Canyon, nos Estados Unidos

Nascido em Santa Maria, Sergio Almeida Silva, 63 anos, é um conhecido cirurgião plástico da cidade. Na infância, passou por colégios públicos como o Perpétuo Socorro, Hugo Taylor e Manoel Ribas até chegar ao curso de Medicina da UFSM, onde leciona. O pai de Sheila, Fábio e Júlia tem três netos, Valentina, 7, Pedro, 5, e Manuela, 3, e é companheiro da consultora empresarial Simone Formolo, há 10 anos. Aventureiro, entre as paixões do médico estão motocicletas e viagens. Tanto é que ele conhece diversos lugares famosos ao redor do planeta. Confira um pouco da trajetória deste santa-mariense na entrevista a seguir.

Diário - Que lembranças o senhor tem da infância?
Sergio Almeida Silva
-Lembro das viagens de trem e pescarias que fiz com o meu pai. Destaco, ainda, o futebol. Joguei nos vários campos de Santa Maria, principalmente no Estádio dos Eucaliptos do Riograndense. Não esqueço das brincadeiras antigas, como jogos de bolita e soltar pandorga. Fui criado no Bairro Perpétuo Socorro, perto da Casa de Saúde. Sou filho de ferroviários. Minha família era bem humilde.


Uma lembrança dos tempos de futebol, no Riograndense. Sérgio é o segundo em pé, da esquerda para a direita

Diário - Como começou a jogar futebol?
Sergio
- Comecei no Inter-SM, no mirim. Depois, fui para o juvenil do Riograndense e, então, entrei na faculdade. Eu tinha duas opções: jogar ou estudar. Resolvi fazer Medicina e joguei futebol de salão e futebol na várzea. Joguei cinco campeonatos estaduais, com a Portela e no Pozzobom, em 1983. Na época que morava no Rio de Janeiro, jogava com ex-profissionais, na Urca. Joguei com Jairzinho e Félix, ex-jogadores da Copa de 1970, na Escola de Educação Física do Exército. Depois, fui para a França e joguei na 3ª divisão, entre 1989 e 1990. Naquela época, tive problemas no joelho, tive que operar. Por fim, fui jogador até os 45 anos. Só larguei a bola depois de passar por três cirurgias no joelho.

Diário - Como foi sua a trajetória na Medicina?
Sergio
- Quando estava no terceiro ano de Medicina, na UFSM, quis fazer cirurgia. Eu vi um doutor fazer uma palatoplastia e achei o procedimento fantástico. A partir de então, passei a acompanhar cirurgias plásticas. Em 1981, me formei. Na sequência, fiz residência em cirurgia plástica, cirurgia da mão e microcirurgia no Rio de Janeiro. Fiz, ainda, pós-graduação nessa área em Bordeaux, na França. Atualmente, sou professor de cirurgia plástica na UFSM e curso doutorado em Rosario, na Argentina.


Assim como ele, o filho Fábio gosta de viajar de moto

Diário - O que destacaria sobre o ofício de ensinar cirurgia plástica a tantos anos?
Sergio
- Cirurgia plástica é uma área muito importante. Fico feliz em transmitir a experiência que tenho na área aos alunos. Nosso aprendizado e dedicação deve ser legado para as gerações futuras.

Diário - E além do trabalho, o que mais lhe encanta?
Sergio
- Minhas maiores paixões são meus filhos, minha profissão e a minha companheira, Simone. Depois deles, sou encantado por motos.

Diário - Quando surgiu o seu interesse por motocicletas e quais foram as principais viagens que fez?
Sergio
- Minha paixão por motos vem desde criança. Fui um dos primeiros a começar a fazer trilha em Santa Maria. Comecei em 1982. A primeira vez que fizemos um Enduro em Santa Maria, fiquei em 3º lugar. A partir dali, começaram as trilhas. Depois que a gente começa com moto de trilha é difícil não ir para a moto de estrada. Cheguei a ter seis motos. Já viajei pela Rota 66, nos Estados Unidos, pelo Vale da Morte, pelo Deserto de Mojave e pelo Grand Canion, também nos Estados Unidos. Já passei pela Ruta 40, na Argentina. Por sete vezes fui ao Deserto do Atacama, no Chile. Além destes, viajei no Deserto do Saara, em Marrocos, e fui de Santa Maria ao Caribe, o que dá 13 mil quilômetros. Planejo a próxima viagem para julho, com destino a Portugal. Nesta aventura, terei companhia de amigos portugueses.


Com a mulher, Simone Formolo, ele divide grandes momentos

Diário - E essa viagem de 13 mil quilômetros? O senhor foi em um grupo de cinco pessoas. Quanto tempo durou o percurso todo?
Sergio
- Saímos de Santa Maria, passamos por Santa Catarina e pelo Paraná e fomos a Rondônia. Colocamos as motos em um barco e subimos o Rio Madeira até o Amazonas. Depois de cinco dias, retiramos as motos em Manaus, atravessamos o Amazonas e a Venezuela e seguimos até a ilha Margarita, no Caribe. De volta, colocamos as motos em um barco no Rio Amazonas e fomos até o Pará. Descemos pela BR-163, por Brasília, e retornamos. Ao todo, viajamos por 28 dias.

Diário - Além das viagens, possui outros planos?
Sergio
- Não sou de fazer planos a longo prazo. Gosto de curtir o dia a dia e aproveitar o agora.

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