Faltam professores e também vagas

Cinco das nove maiores escolas municipais sofrem com falta de 12 educadores

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Passados quatro dias do começo das aulas na rede municipal, há problemas que não foram resolvidos. A situação enfrentada pelas escolas que oferecem Ensino Fundamental é a mesma da Educação Infantil: falta de professores. Na terça-feira à tarde, o Diário conversou com as nove maiores creches públicas da cidade. Em cinco delas, há carência de 12 educadores. Mas não é só esse o desafio para o começo do ano. Há crianças que ainda não conseguiram vaga para estudar.

A falta de professores levou a Escola Municipal de Educação Infantil João Franciscatto ao improviso. Na terça-feira, a diretora, Lindomar Jovanovichs, assumiu a turma que não tinha professor para não mandar as crianças embora. A previsão é que uma professora nova se apresentasse ainda esta quarta-feira.

No núcleo infantil do Caic Luizinho de Grandi, duas turmas inteiras foram dispensadas na terça-feira, a do maternal 2, que atende alunos de 3 a 4 anos, e a do berçário 2, para alunos de 1 ano. Até que novos professores cheguem, os as crianças ficarão em casa.

Contrato emergencial

Conforme a assessoria de comunicação da prefeitura, na tarde de terça foi enviado para a Câmara de Vereadores um projeto de contratação emergencial de professores. A proposta não prevê um número específico de professores, apenas pede autorização para contratar profissionais conforme a necessidade.

Há ainda previsão de um concurso público do magistério para preencher 112 vagas com nomeação até maio. O Sindicato dos Professores Municipais defende que o número não é suficiente para suprir a demanda.

Não há lugar para alunos novos

Se o problema para quem já está na escola é a carência de professores, para quem está fora dela é a falta de vagas que atormenta. Dalva Rosélia Prass, 17 anos, deixou o trabalho e o curso profissionalizante que fazia à noite para cuidar dos dois  filhos pequenos – Emanuelly, 1 ano e 2 meses, e Erick, 2 anos e 5 meses – porque não conseguiu vaga para seus filhos no colégio.
– O meu marido trabalha fora o dia inteiro. Apesar de morar com a minha mãe, ela cuida de outras crianças e já não pode dar conta de todas – explica Dalva.

Dalva conta que buscou a escola do bairro onde mora, a Nova Santa Marta, e lá disseram que não havia mais vagas. O procedimento correto, neste caso, é buscar a Central de Matrículas, que faz a gestão das vagas em todas as escolas. Ontem, a Central informou que não há   mais lugares para alunos novos neste ano.

Déficit chega a 5 mil

Conforme a assessoria de imprensa do município, em 2014 foram ofertadas 470 vagas em instituições privadas para suprir a carência na rede pública. Neste ano, o número deve ser ampliado, mas ainda não definições.

Segundo a prefeitura, todas as crianças que foram inscritas entre outubro e dezembro via Central serão atendidas, mas não há prazo. No início do ano, o Tribunal de Contas do Estado relevou que, em 2013, Santa Maria tinha um déficit de 5.225 vagas na Educação Infantil.

A SITUAÇÃO   

Cinco das nove maiores escolas públicas de Educação Infantil sofrem com falta de professor. Em quatro – Zulania Salamoni, Sinos de Belém, Borges de Medeiros e Darcy Vargas –, a situação é normal. Veja onde há falta:
- Casa da Criança – 1 professor
- Caic Luizinho de Grandi – 6 professores
- EMEI Luizinho de Grandi – 2 professores
- João Franciscatto – 1 professor
- Nosso Lar – 2 professores

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