Chuva e vento forte causam alagamentos, transtornos e protestos na Região Central

Desde a sexta-feira até as primeiras horas deste sábado já choveu 108 milímetros em Santa Maria, segundo dados da Estação Meteorológica do Grupo RBS. A rajada de vento mais forte atingiu 73 km/h.

:: Homem morre ao tentar atravessar ponte alagada em São Martinho da Serra

A Defesa Civil de Santa Maria e o Corpo de Bombeiros atenderam oito famílias que tiveram as casas alagadas. Apenas duas famílias tiveram de receber lonas da prefeitura. Os pontos mais atingidos da cidade são: Residencial Lopes (no Parque Pinheiro Machado) e vilas Rigão, Tomazzetti, Ipiranga e ainda o bairro Km 3. Além da localidade dos Rincão dos Soturno.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Vicente Farencena, que fica no bairro Camobi, em Santa Maria, também está alagada. Um bueiro, ao lado da escola, impede que a água da chuva seja escoada.

Uma família que estava ilhada na localidade de Três Barras precisou ser retirada de casa com ajuda de um bote do Corpo de Bombeiros. A Defesa Civil cogitava até pedir a ajuda da Base Aérea para a remoção do casal, com o auxílio de um helicóptero, mas não foi necessário.

Em Itaara (foto), pelo menos sete casas do Condomínio Vila Primavera e do Parque Pinhal foram atingidas pela água. De acordo com Maria Angélica Schuck, por volta das 5h, a água já havia subido cerca de 10 centímetros. Ninguém precisou deixar as casas. Além da chuva forte, o motivo do alagamento, de acordo com a moradora, seria a quantidade de aguapés (vegetais aquáticos) que se formou sobre o açude que fica próximo das casas.

Conforme moradores, o Rio Ibicuí, que fica entre São Martinho da Serra e Santa Maria, teria transbordado e cerca de 10 famílias que moram às margens do rio precisaram sair de casa.

ERS-511 foi bloqueada por causa dos alagamentos

A ERS-511, Estrada Norberto Kipper, que dá acesso a Arroio Grande está interrompida, desde 9h deste sábado, devido aos alagamentos. Conforme o Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BM), o bloqueio foi feito logo no início do trecho e impede que veículos transitem nos dois sentidos.

Já na BR-392, cerca de 200 moradores fizeram um protesto (foto) também por causa das estradas alagadas. O trecho fica cerca de 300 metros da ponte, próximo ao Passo das Tropas. Conforme Dulcimar Luís Carlos, mais de 20 casas estão alagadas:
_ Ninguém consegue sair de casa. A prefeitura veio aqui, emparelhou a rua e é só chover "