júri da kiss

Centenas de pessoas se reúnem na tenda da Kiss para acompanhar a sentença

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Foto: Eduardo Ramos (Especial)

O local que pelos últimos foi reduto dos familiares e vítimas foi o escolhido pela comunidade para acompanhar o veredito do júri da Kiss. A tenda da Praça Saldanha Marinho, que por oito anos teve vigílias, orações e protestos, recebeu, nesta sexta-feira, centenas de santa-marienses. Agora, toda vez que alguém retornar à tenda, ou passar na Rua dos Andradas em frente ao prédio 1.925, vai ter a certeza de que, ao menos, a Justiça deu uma resposta sobre a madrugada do dia 27 de janeiro de 2013.

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As reações à sentença foram as mais variadas. Muitos ficaram em silêncio, afinal, não havia o que comemorar, já que a tragédia tirou a vida de 242 jovens. Outros, aplaudiram a fala sensível do juiz e as penas altas aos réus. Gritos de justiça ecoavam pela praça.

- Com as penas aplicadas, nosso coração fica mais leve. Considero que a justiça foi feita, porque foram muitos anos de espera e, finalmente, houve a responsabilização dos culpados. Mas, a dor sempre vai nos acompanhar, infelizmente - destaca Gilberto Oliveira, 27 anos, que perdeu a irmã Gilmara no incêndio. 

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Foto: Eduardo Ramos (Especial)

No momento em que o juiz sustentou que os réus, apesar da prisão, ainda terão a oportunidade de conviver com os familiares, mas os 242 mortos da Kiss nunca mais poderão abraçar pais e mães, poucos foram aqueles que conseguiram segurar a emoção. Dion Ribeiro, 33 anos, que perdeu amigos na Kiss, abraçou e chorou ao lado de familiares de vítimas:

- A luta vai continuar para que isso não se repita. A condenação foi o que eu esperava. Perdi uma grande amiga na tragédia e espero que nunca mais alguém precise passar por isso que passamos.

Por fim, o habeas corpus e a não prisão imediata dos acusados trouxe frustração, mas, para a maioria, o sentimento foi de justiça. 

- Eu sinto a dor de todos que perderam alguém na tragédia. Eu acho que eles deveriam ter saído presos de lá, mas pelo menos a condenação veio - desabafou Cristina da Silva dos Santos, 54 anos, perdeu quatro amigas na tragédia.

Logo após o veredito, familiares e profissionais de saúde que prestaram atendimento na tenda nos últimos 10 dias se reuniram para conversar. Em seguida, a estrutura de transmissão começou a ser desmontada. Por enquanto, um banner para a comunidade deixar mensagens de apoio segue lá. Nos próximos dias, o banner com a foto das 242 vítimas vai ser colocado, novamente, no local. 

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