Caso Gabriel: suspeito de participação é ouvido pela Polícia Civil, que descarta envolvimento

Lenon de Paula

Caso Gabriel: suspeito de participação é ouvido pela Polícia Civil, que descarta envolvimento
O delegado José Bastos, titular da Delegacia de Polícia de São Gabriel e responsável pelas investigações sobre a morte de Gabriel Marques Cavalheiro, afirmou que o suspeito de 59 anos, que teria afirmado ter sido contratado para matar o jovem, teve sua participação no crime descartada.

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O suspeito foi ouvido por agentes da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DPHPP) de Santa Maria, na Presídio Regional de Santa Maria por volta das 15h deste domingo (4). O homem estava foragido da Brigada Militar, e foi recapturado após denúncia de uma testemunha que teria ouvido ele assumindo a autoria do crime. Ele foi preso por volta das 17h30min de sábado (3), encaminhado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e então, conduzido ao presídio.

Conforme Bastos, o que foi relatado pelo suspeito não confere com o que foi registrado na ocorrência policial que registra a sua prisão, e que as informações nesta relatadas não procedem.

– O teor da ocorrência não condiz com o relatado pelo suspeito. Tivemos ciência de alguns fatos, mas no momento o que podemos afirmar é isto. A ocorrência não condiz com a verdade dos fatos.

Brigada Militar ainda não se manifestou oficialmente

O corregedor-geral da Brigada Militar, coronel Vladimir Luís Silva da Rosa, afirmou que agentes da corregedoria-geral da BM se deslocaram de Porto Alegre para Santa Maria para ouvir o suspeito.

– Primeiro, vamos ouvir e ver se tem fundamento. Qualquer informação que for trazida, deve ser investigada. Enquanto não tivermos as informações, nós não nos posicionamos – destacou o coronel.

A Brigada Militar e a Polícia Civil ouviram o suspeito em momentos distintos. Segundo o corregedor-geral da BM, uma manifestação oficial da Brigada Militar sobre essa inquirição deve ocorrer nesta segunda-feira (5).

O que dizem os advogados da família e dos suspeitos

A advogada que representa a família de Gabriel Marques Cavalheiro, Rejane Lopes, manifestou-se por meio de nota: “Em razão de supostos novos eventos terem sido associados ao caso de homicídio do menino Gabriel, a família declara seu apoio à Polícia Civil que, diligentemente, irá apurar tais informações para atestar sua veracidade”.

A defesa do sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen é feita pelos advogados Ivandro Bitencourt Feijó e Mauricio Adami Custódio, que afirmam que ele é inocente. Em contato com a reportagem, Custódio informou que tomou conhecimento da ocorrência na madrugada de domingo

– É uma ocorrência consistente, que tem fatos que têm que ser analisados com muita cautela. Traz justamente uma versão que contrasta com a conclusão do delegado e da Brigada Militar. Traz detalhes como cor de veículo, placa, a forma como teria matado Gabriel, o local onde teria deixado o corpo, além de informações sobre outras pessoas envolvidas.

A defesa dos soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso é feita pelas advogadas Vania Barreto e Shaianne Lourenço Linhares. Vânia informou que tomou conhecimento na madrugada de ontem, que a colega Shaianne esteve na unidade prisional onde o suspeito está preso, porém não pôde acompanhar a inquirição. Ainda conforme Vânia, o suspeito não quis prestar declarações à Brigada Militar.

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