Para celebrar o amor e homenagear a Semana Farroupilha, um casal de Santa Maria oficializou neste fim de semana uma relação que já dua 27 anos. Devidamente paramentados, Jorge Oliveira dos Santos e Vera Regina Moraes, ambos com 55 anos, disseram o "sim" na manhã de sábado.

A formalização do casamento, realizado em um cartório do Centro, ocorreu em função da burocracia. O casal contou à reportagem do Diário que não sentiu a necessidade de casar de papel passado até que a Vera precisou comprovar a união para fazer um plano de saúde.
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– A gente ia fazer só a União Estável, mas, aí, resolvemos fazer certinho, como manda o figurino – contou Vera.
Aproveitando a data disponível no cartório para setembro, eles não tiveram dúvidas: em vez do tradicional vestido de noiva e do terno, eles se vestiriam de prenda e gaúcho. A homenagem divertiu a família e emocionou os amigos que estiveram presentes na cerimônia. A neta Ana Cecília, fruto da única filha do casal, também se vestiu a caráter, e as alianças foram levadas em uma cuia de chimarrão. Depois da cerimônia no cartório, a família e amigos foram comemorar em um restaurante.
– Foi um jantar simples. A parte gaúcha foi só no cartório, mas foi especial – observou Vera.
As referências nativistas dos recém-casados vieram do CTG Passo dos Ferreiros, no Bairro Tancredo Neves, o qual eles frequentam.
– A gente sempre participou, nossa filha dançou desde criança e, até, adulta, e a gente está sempre no CTG – contou Vera.
Para Jorge, que já fez parte da patronagem do Passo dos Ferreiros, a tradição gaúcha tem tudo a ver com a família e cerimônias como esta reforçam isso.
– Antigamente, criança não gostava de CTG. Agora há muitos jovens participando – comentou.
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DESDE 1990
Para o casal, o casamento à moda campeira foi um momento especial de uma trajetória que começou em junho de 1990, quando Vera conheceu Jorge no trabalho.
– Eu trabalha em um restaurante, à noite, e ele era taxista. Ele que levava o pessoal (do trabalho) embora e foi assim que a gente se conheceu – relembrou Vera.
Juntos eles criaram uma filha, conquistaram uma casa e agora estão em uma fase de renovação. Vera está montando um negócio próprio (um brechó de roupas para todas as idades) e Jorge está à procura de um novo emprego. A esperança de dias felizes, próximo da família e das tradições gaúchas também renasce.