Coluna Sociedade

Cada nascimento é um milagre

 

Qualquer nascimento é um acontecimento sublime que, ao mesmo tempo, produz esperança para o mundo, mantém próspero o ciclo da vida e brinda ao novo ser infindas possibilidades para que ele possa continuamente evoluir.

Além disso, é importante entender o fato de que o que parece ser um bebê delicado, dócil e inocente é, na realidade, um fluxo generoso de forças inteligentes que se unem para dar estrutura e forma a uma vertente que vem de uma fonte incessante, venerável e irrefutável, cujo objetivo é conceder energias para que o novo indivíduo possa transbordar suas curiosidades, suas visões e seus conhecimento visando cumprir com a missão de sua vida.

Foto: pixabay / pixabay

No entanto, muitas vezes devido às variáveis culturais, educacionais ou religiosas, muitos seres humanos, desde as primeiras idades estão expostos a limitações repetitivas, perniciosas e condicionadas que impõem proibições, restrições e coerções nas livres, sublimes e inerentes capacidades que as crianças possuem de questionar com o objetivo de saber, de compartilhar com a inocência de quem expressa sua essência e, acima de tudo, de manifestarem-se naturalmente porque elas ainda não conhecem o significado dos termos "impossível", "proibido" e "medo".

Além disso, devido ao fato de que as crianças são totalmente dependentes de seus pais, elas percebem seus progenitores como uma força infalível que tudo fala, tudo faz e tudo pode e, como consequência, tanto a atitude quanto o modus vivendi dos pais são o modelo que, gradualmente, se solidifica no consciente e inconsciente infantil e que, no futuro, serão os pilares sob os quais a personalidade do adulto se sustentará.

Por isso, é importante ter a consciência de que cada bebê é uma nova estrela cujo potencial de brilhar incessantemente e de irradiar amor, vida e ideias é ilimitado por natureza, mas, ao mesmo tempo, está condicionado e limitado pelas barreiras impostas pelos pais, pela família e pela sociedade onde ele nasce.

Portanto, que os adultos tenham a magnanimidade de reconhecer a importância do seu papel como ajudantes, motivadores e professores durante o desenvolvimento psicológico, emocional, intelectual e espiritual das crianças, ao invés de manifestarem um autoritário, dogmático e obscuro papel com que muitos lideram o processo de aprendizagem de seus filhos e, se tão lúcida sabedoria adentrar a psique familiar, venturosamente, veremos um mundo habitado por pessoas com essências mais humanas, plenas, amorosas e gratas com relação às suas próprias vidas e às do seus entornos. O que, por si só, é a base de uma vida mais digna, construtiva e evolutiva.

Em outras palavras, cada nascimento é um singular milagre, oxalá tenhamos a lucidez de assim vê, entendê-lo e guiá-lo, tanto daqueles que necessitam o nosso apoio e educação, assim como o nosso fantástico e individual porvir.

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