Música

Banda do Maneco enfrenta dificuldades financeiras e busca saída para driblar a crise

Dandara Flores Aranguiz

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2015 está sendo um ano difícil para todo mundo. Por conta da crise econômica, os governos têm cortado os gastos, e as iniciativas privadas vêm reduzindo aos poucos os investimentos. Por conta disso, nos últimos tempos, quem também está enfrentando problemas financeiros para se manter pulsante é a Banda Marcial Manoel Ribas, a “Banda do Maneco”.

Com 59 anos de história, o grupo, que ensaia regularmente três vezes na semana, tem encarado algumas dificuldades. Entre elas, estão a falta de dinheiro para a compra de novos uniformes e para fazer viagens. A falta de manutenção dos instrumentos também se tornou um desafio para a banda.

Atualmente, 88 pessoas fazem parte do conjunto, que reúne alunos do Colégio Manoel Ribas e estudantes de outros colégios de Santa Maria (como o Cícero Barreto e Coronel Pilar), além de ex-alunos, pais e alguns militares. Mas a banda dispõe de apenas 60 uniformes. E toda vez que os integrantes precisam se apresentar, alguns têm de se vestir com o modelo antigo.

– Eles ensaiam o ano inteiro e não é justo que deixem de se apresentar por não ter uniforme suficiente para todos. Então, no improviso, alguns usam o modelo mais antigo. É uma forma de não deixarmos ninguém de fora. Cada uniforme novo custa em média R$ 125, e não temos como bancar no momento – explica o professor de música José Paulo Rorato, que, há pelo menos 15 anos, está à frente da banda.



Outro problema apontado pelo coordenador é a falta de manutenção nos instrumentos utilizados. Alguns são mais antigos, outros são emprestados. Além disso, a banda não possui recursos para as viagens. No próximo dia 18, eles têm um festival em Caçapava do Sul, mas não há verba para bancar os custos com os dois ônibus necessários para levar o grupo.

– A banda existe com o objetivo de educar por meio da música. Estamos fazendo o possível e lutando para que a Banda do Maneco se mantenha viva – comenta Rorato.

Associação pode ser a saída

Dentro do orçamento apertado do colégio, a banda consegue se manter com os recursos da instituição. De acordo com a direção, mesmo não sendo uma verba fixa, há um esforço para destinar um valor, mesmo que pequeno, à manutenção do grupo.

– A banda cresceu tanto que as exigências são maiores. E ela é de todos, é da comunidade. É um patrimônio de Santa Maria e é preciso que haja um esforço coletivo, não só do colégio, para manter ela em funcionamento – diz Rosângela Maria de Freitas, diretora do Maneco.

Para driblar a crise e os problemas, a Associação dos Amigos da Banda Marcial Manoel Ribas (AABMAR) está sendo criada. A organização ainda não está formalizada, mas, assim que estiver oficializada, vai poder receber doações de pessoas físicas e empresas, o que não pode acontecer agora, já que a banda não é uma entidade.
Com a associação e uma conta específica, a esperança é que o processo de arrecadação de dinheiro facilite a manutenção de um caixa para a compra de uniformes, pagamento de despesas com viagens e reparos de instrumentos.

QUEM QUISER AJUDAR
– Interessados em fazer parte da associação e contribuir, podem entrar em contato com José André Kupcke (presidente)
– Telefone: (55) 9153-1303

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