Condições e doenças de pele, além de ter um incômodo físico, podem causar o desagrado estético no paciente. Este é um sentimento comum em pessoas que têm disidrose, uma enfermidade crônica da pele que afeta as palmas, dedos das mãos e as solas dos pés com o surgimento de bolhas, comumente confundida com alergia. A etapa seguinte da doença é quando as bolhas secam e a derme começa a descamar, momento em que os pacientes reclamam do visual das mãos e pés.
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A jornalista Natalia Apoitia, 25 anos, conta que se incomodava muito com as bolhinhas da disidrose, que apareceram pela primeira vez quando ela tinha 13 anos. Mas, a pior parte, para ela, era depois que as bolhas secavam e descamavam. Quando estava com 19 anos, Natalia diz que as bolhas de água apareceram em grande quantidade e, depois, deixaram as mãos da jornalista com muita descamação e até com algumas fissuras.
– Eu tinha vergonha de mostrar a minha mão esquerda, porque era realmente feio e incômodo. Sem falar na coceira, que é muito chata e não tem nada que alivie – lembra Natalia.
Ela comenta que nunca tomou medicação nem usou pomadas e diz que as bolhas sumiram por conta. Mesmo mostrando as mãos para uma dermatologista, a origem da disidrose dela nunca foi descoberta. A jornalista diz que quando as bolhas apareciam, ela tentava não coçar e sempre manter as mãos higienizadas, lavando bem com água, sabonete e depois aplicava álcool gel.
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Natalia conta que faz cerca de quatro anos que não sofre com as bolhinhas, mas não sabe explicar porque os sintomas não apareceram mais.
Sem diagnóstico
Apesar de não ter ido ao dermatologista, a profissional liberal Liege Annes Tessis, 38 anos, suspeita que as bolhinhas que aparecem em suas mãos são da disidrose. Ela conta que as primeiras bolhas apareceram quando ela estava com cerca de 20 anos. Nos anos seguintes, os sintomas apareceram, além das mãos, nos pés e poucas nos tornozelos.
Liege diz que a coceira é a pior parte e ela costuma usar pomadas com antialérgicos, mas em geral as bolhas somem sozinhas.
– São bolhinhas bem pequenininhas, quase imperceptíveis, mas sinto elas quando passo uma mão na outra. E tem a coceira, que é muito, muito incômoda – relata.
E como no caso de Natalia, Liege diz que depois que as bolhas de água secam, a pele das mãos e pés também descamam bastante. A profissional liberal diz que desde a primeira vez que surgiram, percebeu mais uns quatro casos de aparecimentos das bolhas. O último foi no verão deste ano.
Estresse pode ser um gatilho da doença, que é mais comum no verão
Embora não sejam conhecidas as causas exatas da disidrose, dois fatores que geralmente são conectados ao surgimento das bolhas de água nas mãos e nos pés é a produção excessiva de suor e o estresse, segundo a dermatologista Márcia Carvalho.
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A especialista comenta que é mais comum a doença se manifestar no verão e começa a aparecer entre os dedos. Com o tempo, evolui para as palmas das mãos e sola dos pés. A doença pode afetar homens e mulheres, e é mais comum em pessoas com menos de 40 anos.
– A disidrose é o suor retido embaixo da pele. As bolhas devem ser transparentes, mas elas podem ficar em tom mais amarelado caso infeccionem. Também pode acontecer de uma bolha se juntar a outra e ficar em tamanhos diferentes – diz a dermatologista.
Márcia comenta que quando a disidrose se agrava, os sintomas podem ser rachaduras e fissuras na derme, o que aumenta o risco de infecções bacterianas.
A especialista comenta que depois do aparecimento das bolhas, leva de uma a três semanas para que passe à fase em que secam e começam a descamar. A dermatologista sugere que depois da descamação, o ideal é usar um hidrante específico para mãos e pés.
Não contagiosa
Márcia salienta que a disidrose não é contagiosa, nem tem predisposição genética. Ela comenta que algumas alergias de pele podem ser confundidas com a doença e por isso é importante que a pessoa procure um especialista para ter certeza de que se trata da disidrose e não de uma micose ou de eczema (alergia) de contato.
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Por ser uma doença crônica de pele , é possível que os sintomas retornem mesmo depois do tratamento.