Para saber a realidade em que se encontram os cavalos da cidade, um grupo de alunos da graduação e pós-graduação da Medicina Veterinária, da Universidade Federal de Santa Maria, que integra o Centro de Reabilitação Equina, deu início a uma nova atividade nesta semana.
Carroceiros: vidas invisíveis ditadas a trote de cavalos
Desde a segunda-feira, o grupo, que é coordenado pelo professor Marcelo Soares, tem feito exames, avaliações e até vacinação nos cavalos da cidade. A cada dia, eles atendem em uma região diferente de Santa Maria: já passaram pela Vila Maringá, Tomazetti, Jardim Berleze e Prado. Na manhã desta sexta-feira, as coletas para os exames serão feitas na sede da Associação de Reciclagem Seletiva de Lixo Esperança - Arsele (Avenida Borges de Medeiros, 511, Bairro Km-2).
Centro de Reabilitação Equina da UFSM já atendeu 60 cavalos abandonados desde 2015
Qualquer pessoa que tenha cavalos pode aparecer no local, a partir das 9h. O atendimento deve ser pela manhã. A ideia, conforme explica o coordenador do Centro de Reabilitação Equina é ter uma diagnóstico da situação dos equinos no município:
- É um trabalho de amostragem e, ao final do trabalho, saberemos qual é a realidade, qual é a saúde dos cavalos de nossa cidade. É um diagnóstico sanitário - explica Marcelo.
Se for detectado que em uma ou mais regiões há um problema generalizado, como uma mesma doença nos animais, o grupo deve trabalhar em ações de combate e prevenção de tal problema.
Santa Maria tem 3 mil carroças e uma problemática a resolver
A atividade conta com um grupo entre 6 e 8 pessoas ao longo dessa semana. Até agora, foram analisados uma média de 30 equinos a cada dia. Para o futuro, os integrantes do Centro de Reabilitação Equina têm planos de ampliar o atendimento à comunidade e melhorar a situação dos cavalos.
O CENTRO DE REABILITAÇÃO EQUINA
Criado em 2015, o Centro funciona no bloco 4 do Hospital Veterinário Universitário da UFSM. O Centro de Reabilitação Equina oferece seus serviços a cavalos tanto de carroceiros quanto aos de latifundiários. Porém, os animais abandonados correspondem à maior parte da demanda. Geralmente, chegam ao hospital com problemas de pele, cortes, fraturas, desnutridos, inférteis, com fungos e ou múltiplas fraturas, em função de atropelamentos.