Administradora tentará acordo para fazer um laudo técnico do prédio do Caixeiral

Deni Zolin

Administradora tentará acordo para fazer um laudo técnico do prédio do Caixeiral
Telhado está parcialmente destruído desde o desabamento, em fevereiro de 2018. Foto: Pedro Piegas (arquivo Diário)

A empresa nomeada pela Justiça para administrar o Clube Caixeiral entregou o relatório inicial com a análise da situação da entidade e fez uma série de sugestões para o clube. Entre elas, demitir os cinco funcionários porque a entidade não tem receita suficiente para bancá-los, e convocar uma audiência de conciliação com a prefeitura e o Ministério Público para tentar uma solução para a situação do prédio, que está parcialmente destelhado desde fevereiro de 2018.

Segundo a advogada Francini Feversani, sócia da empresa administradora judicial que está na direção temporária do clube, como o prédio foi tombado como patrimônio histórico pelo município, haveria interesse da prefeitura de buscar uma solução para o problema. Francini disse que o clube e o município pediram uma audiência de conciliação junto ao MP, em que o Caixeiral deve apresentar a proposta de que o poder público banque a realização de um laudo estrutural do edifício para saber se ele oferece risco de desabar ou não.

O custo para fazer o laudo e alguma eventual reforma seria inscrito como dívida ativa para o clube pagar futuramente o município, segundo o que vai ser proposto pelo Caixeiral e dependerá de acordo entre as partes e de aval da Justiça. Essa audiência tem relação com a ação judicial que a prefeitura exigiu do clube a reconstrução do telhado para evitar risco futuro de desabamento do prédio. A reunião não tem data para ocorrer.

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– Não se nega a necessidade da reforma ou da realização dos laudos estruturais. O fato é que o Clube Caixeiral tem um patrimônio expressivo, mas ele não tem liquidez, não tem dinheiro para realizar essas atividades. A expectativa é que a gente possa compor essa situação, porque o principal ponto é identificar riscos e estancar esses riscos. A realização desse laudo estrutural é extremamente importante porque ele é quem vai atestar quais são os riscos que o prédio apresenta. Esse seria o primeiro passo – afirmou Francini.

Sobre a situação dos cinco funcionários do clube, a sugestão da empresa que está na gestão do Caixeiral é a demissão.

– Encontramos o clube totalmente descapitalizado, mas mesmo assim existem alguns funcionários registrados. Nós sugerimos a extinção dos contratos de trabalho, claro que pagando todos os seus direitos. Mas o fato é que o faturamento do Caixeiral é completamente consumido pelos pagamentos de funcionários e não é sustentável – disse a advogada.

A empresa de administração judicial segue na gestão do Caixeiral até o Judiciário entender que é necessário. Ela foi nomeada pelo Judiciário no dia 6 de abril, quando o juiz deu uma liminar e acatou pedido de quatro associados que entraram com ação alegando que o Caixeiral estava “acéfalo”, pois o mandato da diretoria eleita em 2018 já teria vencido.Uma nova diretoria do clube afirmou que foi eleita no início de abril deste ano e entrou com contestação nesse processo, pedindo para reassumir a direção do Caixeiral. O pedido ainda não foi apreciado pelo juiz do caso.

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