A serviço de Nossa Senhora: os voluntários que ajudam a Romaria acontecer



No mundo, milhares de pessoas dedicam suas vidas todos os dias a uma pauta importante: o voluntariado. A Organização das Nações Unidas (ONU) define o voluntário como “o jovem ou o adulto que, devido ao interesse pessoal e espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos”.

 

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Em Santa Maria, a fé e a gratidão movimentam diversos voluntários nas etapas que ocorrem antes e depois de cada Romaria Estadual de Nossa Senhora Medianeira.

 
Entre histórias e aprendizados para a vida toda, uma homenagem mais do que merecida ocorrer este ano: a programação alusiva aos 80 anos da romaria começa com uma santa missa na sexta-feira (10), às 18h. 


Na oportunidade, o pároco e reitor do Santuário Basílica de Nossa Senhora Medianeira, padre Cristiano Quatrin, deve abençoar a todos os colaboradores deste evento religioso, destacando também a importância de quem eleva o nome da Mãe Medianeira aos céus.


Marizete e Maria Inês: 35 anos de gratidão

Foto: Nathália Schneider (Diário)


O voluntariado é um movimento de família para as irmãs santa-marienses Maria Inês Gaspareto, 69 anos, e Marizete de Lourdes Gaspareto dos Santos, 58. Moradoras do interior do município, elas se recordam da infância e das vindas para a cidade.

 
O trabalho voluntário no Santuário Basílica começou em novembro de 1988, quando as irmãs receberam o convite de uma vizinha. Desde então, Maria Inês e Marizete já trabalharam na produção de risoto e doces.

 
– É uma experiência muito boa e gratificante, onde todas as pessoas podem se doar e se sentirem mais abençoadas. Hoje, atuo na produção dos doces da romaria e todos os eventos que são realizados no Santuário Basílica. É um trabalho feito com muito carinho e dedicação, no qual sinto minha fé fortalecida. Amo o que faço – destaca Maria Inês.

 
Os mais de 30 anos de voluntariado também fazem Marizete refletir sobre a importância do trabalho realizado:

 
– A minha experiência é somente de gratidão por tudo e tanto que a Mãe Medianeira tem me concedido durante todos estes anos. Muitas vezes cheguei chorando em frente ao seu quadro e, quando chegava em casa, tinha encontrado a solução do problema.


Dilce Helena: a fiel dedicada à Mãe Medianeira

Foto: Nathália Schneider (Diário)


Há mais de 20 anos, a despachante documentalista de trânsito Dilce Helena Descovi da Silva, 63 anos, atua como voluntária nas Romarias Estaduais de Nossa Senhora Medianeira. Para ela, o contato com outros fiéis é uma das melhores partes do trabalho:

 
– Já trabalhei servindo almoço e na tenda de artigos religiosos. Ali, nós conhecemos muita gente, e elas nos contam suas histórias, que vieram pagar promessas, pedir e agradecer. Vale a pena. Só temos a ganhar.

 
Natural de Restinga Sêca, Dilce Helena chegou a Santa Maria aos 15 anos, em março de 1975. No mesmo ano, ela participou da primeira romaria, inclusive, presenciando a inauguração do Altar Monumento. Em 2000, após um longo período como romeira, resolveu se tornar catequista no Santuário Basílica, aproximando-se cada vez mais da Mãe Medianeira.

 
– Essa experiência (de voluntariado) é muito boa. Então, espero que muitas pessoas vejam e entendam o valor deste trabalho, que é só bençãos e graças, além de um retorno a Deus por tudo que se recebe pelas mãos de Nossa Senhora Medianeira. Ela cativa muita gente – destaca Dilce.


Débora: romeira e conselheira paroquial

Foto: Nathália Schneider (Diário)


O destino trouxe a professora de história Débora Duval Braga, 41 anos, para Santa Maria. Mas foi a fé que a aproximou de Nossa Senhora Medianeira. Natural de São Lourenço do Sul, ela veio morar no município pela primeira vez no início de 2002 com o marido, o médico militar Otávio Bubolz, 49 anos. Após um período de transferências, a família retornou para Santa Maria em 2011.


– Foi em novembro de 2011 a nossa primeira romaria e, no mesmo ano, eu comecei a participar junto com a comunidade. Fomos muito bem acolhidos. Como havia começado no início do ano, continuei ajudando a equipe na cozinha – relembra Débora.

 
Após anos de trabalho, uma nova oportunidade de agradecer à Mãe Medianeira. A convite do pároco e reitor do Santuário Basílica, padre Cristiano Quatrin, Débora e Otávio assumiram a coordenação do Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) em dezembro de 2022. O mandato, que tem duração de três anos, é descrito como gratificante pela professora:

 
– A minha escolha por participar desta comunidade é uma expressão do meu compromisso com uma causa que considero digna e que quero apoiar ativamente. É algo que, às vezes, não se consegue explicar. É uma experiência muito gratificante e intensa.


Elma: agradecimento às conquistas alcançadas

Foto: Nathália Schneider (Diário)


Com 17 anos, Elma Malezan Fleig começou a participar das Romarias Estaduais de Nossa Senhora Medianeira. Hoje, aos 81 anos, as lembranças dão espaço a momentos de gratidão e trabalho em nome da Mãe Medianeira.

 
Nos cerca de 40 anos em que é voluntária no Santuário Basílica, Elma já atuou nas áreas de eventos e promoções, além da produção de risotos e doces.

 
– Minha experiência é ótima, porque sou grata por todas as graças recebidas. Este é um trabalho louvável e é muito importante ajudar a paróquia. Mais pessoas poderiam participar. Tudo isso é por amor a Nossa Senhora – conta Elma.


Liliane: gratidão por toda uma vida

Foto: Nathália Schneider (Diário)


No Santuário Basílica, a enfermeira e major da Brigada Militar Liliane Espinosa de Mello Norberto Duarte, 59 anos, sorri enquanto caminha em direção à imagem milagrosa de Nossa Senhora Medianeira. O momento remete a um reencontro inesquecível. Foi para a Mãe Medianeira, em novembro de 1981, que Liliane falou sobre o sonho de trabalhar na área da saúde e ajudar o próximo.

 
– Na época, eu tinha 17. No meio do ano, me inscrevi na Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira (Facem), que hoje é a UFN. Fiz a romaria e lembro que pedi para passar no vestibular. No outro ano, tornei-me acadêmica de Enfermagem e comecei a fazer trabalho voluntário. Tínhamos uma tenda na qual cuidávamos das pessoas – afirma Liliane.

 
Entre ações junto à prefeitura de Santa Maria, Brigada Militar ou diretamente com as equipes do Santuário Basílica, Liliane já contabiliza mais de 40 anos de voluntariado. A motivação para iniciar a trajetória em nome de Nossa Senhora Medianeira e cuidar de pessoas de diversos lugares do país em suas passagens por Santa Maria ainda a emociona:

 
– Eu me apaixonei tanto pela Enfermagem e estava tão feliz com o curso que eu queria agradecer a Ela. Queria agradecer por toda a felicidade. Então, comecei a trabalhar. Foi assim que surgiu o voluntariado na minha vida.

 
Nos últimos anos, Liliane aceitou uma nova missão: ser membro do Conselho Econômico do Santuário Basílica. Para ela, além de ser motivo de celebração, trata-se de uma nova chance de honrar a relação que mantém com a Mãe Medianeira.


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