![RSC-287 deve ter tráfego liberado totalmente até a primeira semana de junho; reconstruções ainda são provisórias RSC-287 deve ter tráfego liberado totalmente até a primeira semana de junho; reconstruções ainda são provisórias](https://suitacdn.cloud-bricks.net/fotos/935488/file/desktop/WhatsApp%20Image%202024-05-20%20at%2009.43.01.jpeg?1716223079)
Gilberto Ferreira
Ponte sobre a várzea do Rio Vacacaí-Mirim, na RSC-287
As fortes chuvas que atingiram o Estado desde o início de abril impactaram diretamente o tráfego entre algumas regiões. A RSC-287, principal rota de ligação da Região Central com a Capital Gaúcha, chegou a ter quase 20 pontos bloqueados no trecho entre Santa Maria e Tabaí. Nesta segunda-feira (20), pelos menos oito trechos estão interditados e em cinco destes, ocorrem obras de recuperação. A previsão da Rota de Santa Maria, concessionária que administra a rodovia, é de liberar – de forma provisória – toda a extensão da RSC-287 até a primeira semana de junho.
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As obras provisórias não resolverão completamente o que foi levado pelas chuvas, mas vão permitir a liberação do trânsito em locais ainda bloqueados. O valor desse trabalho é estimado pela concessionária em R$ 30 milhões e inclui a criação de desvios próximos a trechos afetados e a construção de pontes provisórias pelo Exército.
Um dos locais a receber uma ponte provisória é o km 226, onde toda a estrutura sobre o Arroio Grande desabou no dia 30 de abril. Conforme o gerente geral da Rota, Leandro Conterato, o aterro das cabeceiras já foi concluído e equipes do Exército trabalham na medição de uma estrutura provisória, feita de metal. Questionado pela reportagem do Diário, o Exército disse que os trabalhos de construção desta ponte devem começar nesta terça-feira (21), diferentemente da previsão anterior, que era nesta segunda (20).
A expectativa da Rota é que a ponte seja entregue até o fim da próxima semana. Ela funcionará em apenas um sentido e será controlada por meio do sistema Pare e Siga. Uma nova ponte, definitiva e no mesmo local da antiga, deve ficar pronta em aproximadamente seis meses.
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Além desse trecho, outros três também exigem um planejamento mais delicado, como mencionou Conterato. São eles:
- Km 54 até o km 61, na localidade de Mariante, várzea sobre o Rio Taquari, em Venâncio Aires
Sete quilômetros foram danificados. No local é construído um desvio provisório que deve ficar pronto na primeira semana de junho. A reconstrução da pista original pode levar sete meses.
- Km 137, ponte sobre o Rio Pardo, em Candelária
Será realizada a reconstrução da cabeceira da ponte por meio de uma demolição controlada. Após, a obra avançará com a construção de uma ponte provisória. O objetivo da concessionária é liberar o trânsito nos dois sentidos da pista, sem restrição de carga, até a primeira semana de junho. Posteriormente, iniciarão obras para reconstrução permanente do trecho.
- Km 167, ponte sobre o Arroio Barriga, em Paraíso do Sul
No local é construído um desvio sobre o arroio, próximo da ponte que teve parte da estrutura colapsada. A previsão de liberação do trânsito no desvio é até o fim do mês de maio.
Em coletiva de imprensa, a concessionária informou que a recuperação permanente da rodovia poderá durar cerca de um ano e que os custos totais ainda não são precisos, mas que o valor pode chegar a R$ 300 milhões.
A cobrança de tarifas nas praças de pedágios não está sendo realizada. A previsão de retorno ainda não é estimada e depende de determinação do governo do Estado. Para prevenir futuros danos de eventos climáticos semelhantes ao que se vivenciou nas últimas semanas, Conterato disse que a Rota planeja novas alternativas:
- É muito difícil você acelerar a obra de construção de uma ponte. Um ponto crucial aqui é trabalhar na prevenção. Precisamos ter estruturas mais resistentes, dimensionadas para suportar essas altas vazões de água e chuvas catastróficas - concluiu.