'Quero construir algo que tire o Brasil da polarização', afirma Leite na estreia da Rádio CDN

Contra a polarização, o governador Eduardo Leite trabalha para ser o candidato do PSDB à presidência no ano que vem. Em entrevista à Rádio CDN, no "Bom Dia, Cidade!", Leite abordou as articulações políticas para 2022, a situação do Hospital Regional e a possibilidade da instalação da Escola de Sargentos das Armas (ESA) em Santa Maria.

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O governador não declarou diretamente a candidatura, que será definida nas prévias do partido, em novembro, mas deixou claro que lidera um projeto nacional entre os tucanos.

Após 3 anos, Regional é referência Covid, mas não tem previsão para funcionamento total

- Quero ajudar a construir algo que tire o Brasil dessa polarização que não é só inútil, mas é nociva. Prejudica a população, essa luta de nós contra eles, a tentativa de um exterminar o outro que pensa diferente. Isso não serve ao Brasil. A política é arte e a ferramenta de provocar convergência, e não de dividir - disse.

Leite criticou o governador de São Paulo, João Doria, também do PSDB, por não ter capacidade de "aglutinar forças de outros partidos". Não fosse isso, o paulista seria um "candidato natural" do PSDB. É com um projeto conciliador, que una forças partidárias, que Leite pretende levar o país ao caminho da "serenidade, do bom senso e do equilíbrio" a partir de uma terceira via. Não faltam críticas a Lula e Bolsonaro, candidatos que até então lideram as pesquisas eleitorais.

- Lula, infelizmente, não deixou surgir nada de novo nem em seu partido, no PT. O que de novo ele pode fazer pelo Brasil? Não é voltar ao passado que vai resolver o país. Bolsonaro dispensa comentários. Lamentavelmente, faz uma política sem nenhum resultado e apenas aprofunda divisões em um país que é diverso e acaba gerando tensionamentos, ambientes de risco que afetam a economia e prejudicam a vida da população mais pobre - pontua Leite.

HOSPITAL REGIONAL E ESA

Uma das principais demandas da região foi pauta da entrevista de Eduardo Leite ao "Bom Dia, Cidade!". O Hospital Regional, complexo com capacidade para cerca de 200 leitos, tem apenas 98 ativos após três anos de funcionamento, abertos emergencialmente por conta da pandemia do novo coronavírus.

Leite não estabeleceu prazos e disse que o Estado trabalha na aquisição de equipamentos para garantir o funcionamento pleno do espaço. A convicção é de que isso aconteça até o ano que vem.

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O governador também disse confiar na decisão técnica do Exército em relação a ESA. Santa Maria disputa o investimento de mais de R$ 1 bilhão com as cidades de Ponta Grossa, no Paraná, e Recife, no Pernambuco. Para Leite, o fato do governador do Estado ser crítico a Jair Bolsonaro, que tem forte ligação com generais do Exército, não será decisivo na escolha.

- É uma decisão técnica. Tenho total confiança no Exército Brasileiro. É uma decisão para um investimento de uma vida inteira. Santa Maria tem todas as condições para receber a Escola - afirmou Leite.

O governador também disse que virá para a região nas próximas semanas para assinar a ordem de serviço do asfaltamento da ERS-516, que liga Santa Maria a São Martinho da Serra.