Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil)
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, defendeu nesta quinta-feira (14) a necessidade de uma regulamentação das redes sociais no Brasil. Para Rodrigues, episódios como o da noite de quarta-feira (13), quando um homem detonou uma carga explosiva em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), apontam para a “radicalização” de grupos extremistas que encontram no ambiente digital um espaço propício para espalhar o ódio.
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– Eles vão para as redes sociais que, hoje, são território de ninguém, e publicam as barbaridades que acham que podem publicar impunemente – disse Rodrigues.
O diretor-geral destacou que, até pouco tempo, atos classificados como terrorista não faziam parte do cotidiano das agências de segurança do país:
– Infelizmente, este movimento extremista, com estas ações, se mostra muito vivo.
Rodrigues também defendeu a atualização da Lei Antiterrorismo, de 2016.
– Nossa legislação antiterrorista é boa e nos permite muitas ações, mas pode passar por melhorias para dar mais instrumentos às agências de segurança pública, especialmente às policiais judiciárias –argumentou o diretor-geral.
O episódio foi classificado por ele como um momento sociopolítico "de extrema gravidade”.
– Essas pessoas [extremistas] estão ativas e precisam ser combatidas no limite da lei, da constituição, para que sejam responsabilizadas. Este é um esforço não só das polícias, mas de toda a sociedade e instituições – finalizou Rodrigues.
O diretor-geral destacou ainda a importância de mecanismos que permitam à polícia judiciária preservar dados de redes sociais e acessá-los com autorização judicial.
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