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'Me falou que não tinha responsável técnico', diz arquiteta sobre reforma de Elissandro na Kiss

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Foto: Pedro Piegas (Diário)

Chamada pelo Ministério Público para depor, a arquiteta Nivia da Silva Braido afirmou que o ex-sócio da boate, Elissandro Spohr (Kiko), lhe disse que a reforma da boate, em 2012, não tinha responsável técnico. Depois de uma contestação da defesa de Elissandro, ela passou de testemunha a informante, já que, na época da tragédia, namorava o advogado da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM). 

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Uma ano antes da tragédia, Nivia foi procurada por Elissandro, que queria indicação de papel de parede e fazia uma reforma na boate. Ao visitar a obra, fez fotos e algumas simulações a respeito da arquitetura de interiores. Ela conta que alertou Elissandro para o risco da ausência de um responsável técnico por causa da fiscalização.

- Fui procurada pelo Kiko e ele queria uma indicação para um papel de parede na boate. Ele disse que estava fazendo uma reforma. Questionei qual profissional era o responsável técnico, e, nessa conversa, me falou que não tinha responsável técnico, falou que fazia por conta. Um responsável técnico é fundamental para qualquer reforma, mesmo em uma casa, é ele quem vai garantir a segurança da obra - disse.

Durante o depoimento, o Ministério Público mostrou uma conversa de uma rede social entre Nivia e Elissandro. No diálogo, o dono da boate diz que o projeto da reforma estava sendo feito por ele e seu tio, que mora Porto Alegre.

- Montei uma apresentação e passei a ele com a sugestão em cima de simulações com as fotos que eu fiz. E passei a proposta de fazer o trabalho daquela obra em si. Ele me disse que precisava conversar com o sócio sobre o orçamento e não me deu mais retorno - lembra.

Questionada sobre o uso de espuma no revestimento da boate, Nivia afirmou que não tinha conhecimento e que não participou da obra. Apenas havia feito uma proposta a Elissandro, mas não chegou a executar. 

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