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Pais e alunos protestam por mais funcionários e professor em escola de Santa Maria

Joyce Noronha

Foto: Lucas Amorelli (Diário)

Um grupo de pais de alunos da Escola Estadual Edna May Cardoso, na Cohab Fernando Ferrari, Bairro Camobi, fez uma manifestação na tarde de sexta-feira, em frente à instituição, para pedir mais funcionários e professores. Segundo os manifestantes, o colégio precisa de auxiliares de limpeza, monitores de pátio, monitores para crianças com deficiência e um professor para a turma do 2º ano do Ensino Fundamental, do turno da tarde.

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A mãe dos gêmeos Leonardo e Bernardo, a doméstica Luana Comin, 28 anos, conta que um dos meninos é diagnosticado com transtorno mental e precisa do acompanhamento de um monitor durante as aulas, mas não há esse profissional na escola.

- A aula começa às 13h30min, e é comum me chamarem às 14h15min ou 14h30min para vir buscar ele porque não conseguem controlar meu filho em sala. Por causa da situação dele, ele fica agressivo. Precisa de alguém para dar atenção específica por conta do seu diagnóstico - conta Luana.

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A atendente Karen Prezotto, 31 anos, mãe de uma aluna do 2º ano, diz que, além de não ter monitor para as crianças com deficiência, também faltam monitores de pátio, e um professor para a turma da filha dela. Karen diz que fica preocupada em deixar a filha na escola, pois não confia que a menina está segura. Para ela, o que o colégio tem feito é uma falta de respeito com as famílias, porque mexe com a segurança e a educação das crianças.

O vice-diretor do turno da tarde, Glademir Alonso, diz que a direção estava ciente da manifestação dos pais, mas salienta que foi uma iniciativa dos responsáveis. A direção concordou com o ato, desde que fosse do lado de fora da escola.

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Ele conta que, atualmente, seis turmas da escola estão com aulas, duas no turno da manhã e quatro no turno da tarde. Os demais grupos estão em férias. O vice-diretor diz que a escola está precisando lidar com as férias, de professores e de funcionários, e com alguns atestados médicos.

- Achamos conveniente a manifestação, mas é uma situação complexa. A 8ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) está ciente da situação toda. Nós estamos no aguardo - diz Glademir.


Foto: Lucas Amorelli (Diário)

FALTA DE GESTÃO 
O titular da 8ª CRE, professor José Luis Eggres, avalia que a gestão da escola não está funcionando bem e diz que, por estar trabalhando com dois calendários, devido à greve do ano passado, a direção deveria ter organizado melhor as férias dos funcionários. Ele reforça que a escola tem o número correto de servidores à disposição.  

Quanto aos laudos médicos, Eggres explica que a CRE envia substitutos quando a licença é de 30 dias ou mais. Se for menor, a direção da escola precisa lidar com a situação. Isso ocorre porque o Estado não tem como organizar a folha de pagamento menor do que 30 dias, de acordo com o coordenador.

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Eggres confirma que falta o monitor para a Educação Especial do colégio, mas adianta que a 8ª CRE está em busca de um profissional para atuar na Edna May Cardoso.

O QUE FALTA?
Segundo os pais que manifestarem, a escola precisa: 

  • 1 professor para a turma do 2º ano do Ensino Fundamental, do turno da tarde
  • 2 auxiliares de limpeza
  • Monitores de pátio
  • Monitor para as crianças com deficiência

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