Instituto Olavo Bilac: restauração avança em ritmo intenso dois meses após início

Pouco mais de dois meses depois da assinatura do contrato que oficializou a restauração do Instituto Olavo Bilac, as obras avançam em ritmo acelerado. O prédio, que aguardava intervenções há mais de 20 anos, já começa a mostrar mudanças significativas em sua estrutura. O investimento total previsto é de R$ 6.389.000,89, com prazo de um ano para conclusão.

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A primeira etapa da restauração foi dedicada à demolição, fase considerada fundamental para que os novos trabalhos pudessem avançar com segurança. Segundo Jonatan Jaeger, o mestre de obras da Sulcredi Construtora, responsável pela restauração, esse processo já está concluído e envolveu tanto a retirada de elementos deteriorados quanto a preparação dos espaços que receberão os acabamentos novos, inclusive dos 1,8 mil metros quadrados de piso de madeira da escola, que já foram removidos.

– Já fizemos toda a parte de demolição. Retiramos todo o piso de madeira da escola, que tinha 1,8 mil metros quadrados, além do parquet do ginásio. Agora, vamos instalar tudo novo, mas apenas ao final, para preservar o material até a inauguração – explicou o empreiteiro.

No prédio secundário, que funciona como auditório e também já foi usado para aulas de educação física, a estrutura de madeira foi inteiramente substituída. As peças originais estavam deterioradas, mas, atendendo a orientações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphae), o piso será reconstruído com material idêntico. 

A parte externa também passou por transformações importantes. O telhado do ginásio foi trocado, e as madeiras receberam tratamento contra pragas. O reboco antigo das fachadas e marquises foi removido por completo e substituído por um novo.

– Fizemos todo o reboco novo, do zero. Agora, ele está todo novinho. Sempre preservando o patrimônio, mas garantindo que não fique nada caindo – reforçou o empreiteiro.

Um dos pontos de maior atenção foi a base do ginásio, onde a umidade se acumulava e comprometia as paredes. Segundo Jaeger, o reboco foi totalmente retirado até cerca de dois metros de altura e refeito. Situação semelhante ocorre agora no bloco principal, que já está recebendo nova fachada e lavagem das paredes.

Além disso, os vidros das janelas, muitos quebrados ou ausentes, estão sendo substituídos. Um vidraceiro foi contratado exclusivamente para o serviço, que também incluiu a lixação das portas e janelas do bloco principal. O telhado desse prédio já está em fase de substituição, com a equipe dedicada à montagem das novas estruturas.

Outra frente de trabalho foi voltada para a modernização da infraestrutura sanitária. No teatro, foram construídos banheiros feminino, masculino e para pessoas com deficiência, que não existiam antes. No prédio central, cada andar ganhou novos sanitários, também adaptados para acessibilidade. 

– Agora, todos os andares já têm banheiro pronto, com a alvenaria concluída e reboco feito. Falta apenas o azulejo e a instalação do encanamento, que já está aberto e preparado para receber o material – explicou o responsável.

O canteiro de obras mobiliza, atualmente, 14 trabalhadores, mas esse número deve chegar a 20 nos próximos dias. A equipe atua simultaneamente em diferentes frentes, como o preparo de madeira para os novos pisos e a recuperação das aberturas. Todo o entulho já foi retirado e o pátio do colégio encontra-se limpo, o que, segundo o empreiteiro, contribui para o avanço das próximas etapas.

Previsão de conclusão

Ainda que o contrato estabeleça um prazo de um ano, o andamento atual indica possibilidade de antecipação da entrega. Segundo Jaeger, se as obras seguirem no mesmo ritmo, a restauração poderá ser finalizada antes do prazo oficial, um ano a partir da assinatura das documentações, embora ajustes solicitados pelo Iphae, como a recuperação do calçamento em pedras portuguesas e a contenção de um muro no entorno, devam demandar um tempo extra. Mesmo assim, ele garante que a obra será entregue dentro do previsto.

Com a restauração, o Instituto Olavo Bilac terá suas características arquitetônicas preservadas, em conformidade com a legislação de patrimônio histórico. Ao final do processo, tanto o prédio central quanto o auditório estarão revitalizados, oferecendo estrutura adequada para receber as atividades escolares e culturais.