Em visita a Santa Maria, ministro da Educação confirma abertura de campus do Instituto Federal Farroupilha na cidade

O ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou que Santa Maria terá um campus do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) em breve. O anúncio ocorreu na tarde desta quinta-feira (21) durante agenda na cidade. O ministro participou da posse da reitora do IFFar, Nídia Heringer, e esteve na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para reunião com representantes da instituição.

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Conforme Santana, os primeiros alunos do IFFar devem ser recebidos em Santa Maria no início de 2026. O campus será construído na área ocupada pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na BR-287, no distrito de Boca do Monte. Em 2023, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei que concedia a área da Ulbra ao IFFar e, desde então, o anúncio era aguardado. A confirmação veio durante entrevista à imprensa em que o ministro garantiu que a negociação está encaminhada e será oficializada ainda neste ano.

– Estamos finalizando o processo para garantir a transferência da área para o Instituto Federal. Em pouco tempo vamos concretizar isso e, em breve, quero voltar aqui, como eu disse para a reitora, para oficializar e entrega desse campus. Não é possibilidade, vai ser uma realidade em pouco tempo. O Instituto Federal já acordou, a Ulbra já acordou. Queremos concretizar a negociação ainda este ano – afirmou o ministro.

De acordo com Santana, mesmo sem a oficialização, os trabalhos já iniciaram para garantir as adaptações necessárias.

– A estrutura física é muito boa. Claro que vamos precisar comprar equipamentos e adaptar a estrutura, até porque era um campus universitário. Vamos, também, contratar professores e servidores. Então, neste semestre, vamos tomar todas essas medidas para que ano que vem possamos ter o campus funcionando e ter mais um espaço importante de educação pública aqui em Santa Maria – garantiu.

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Posse da reitora

Com a presença de Camilo Santana, foi realizada a cerimônia de condução do cargo de reitora para Nídia Heringer, reeleita para comandar a instituição pelos próximos quatro anos. Diversas autoridades, como o prefeito Rodrigo Decimo (PSDB), e estaduais estiveram presentes, além de alunos vindos dos 11 campi da IFFar. Cada instituto disponibilizou um ônibus e uma van para que os estudantes estivessem em Santa Maria, que é sede da reitoria. ​

Nídia dará sequência no trabalho como reitora que já desempenha no referente mandado, de 2021 a 2025. Já são 12 anos no IFFar.

​– Temos dois compromissos que já estão expressos no nosso plano de gestão. É o que a gente chama de consolidação de todos os campos garantindo a infraestrutura necessária, laboratórios, modernização tecnológica, ginásios para prática esportiva, moradia estudantil qualificada e a ampliação do número de cursos ofertados. E ainda temos o compromisso de ter mais cinco campos. São Luiz Gonzaga, Caçapava do Sul, que já estão acontecendo, Santiago, Santa Maria, e ainda estamos discutindo Cachoeira do Sul e Cruz Alta. Estou muito feliz com o dia de hoje – disse Nídia.

A reitora falou, ainda, sobre o andamento das negociação para a construção do campus em Santa Maria:

– Já temos toda a documentação encaminhada. Só falta a autorização do presidente Lula e do anúncio formal. A Ulbra já está com a estrutura à disposição. Nossa equipe de engenharia já fez a avaliação do prédio para as obras. São 85 salas de aula completamente prontas para uso estudantil.

Visita na UFSM

Após a cerimônia, Camilo Santana foi até a UFSM, onde foi recebido pelo reitor Luciano Schuch e pela vice-reitora, Martha Adaime. O ministro participou de uma reunião na Reitoria com pró-reitores e demais representantes da instituição, incluindo a comunidade estudantil.

Em entrevista ao Diário, após a visita à UFSM, Santana falou sobre bloqueios e contingenciamentos no orçamento das universidades que ocorreram nos últimos anos. Em maio deste ano, o governo federal fez a recomposição de R$ 400 milhões no orçamento das universidades e institutos federais de ensino – que vinham adotando política para o corte de gastos. Conforme ele, o MEC assumiu o compromisso de garantir que as universidades trabalhem sem reduções no orçamento até o final de 2025:

– Nosso compromisso tem sido, a cada dia, a garantia desses recursos. Conseguimos colocar esse dinheiro de volta para que não haja nenhum prejuízo orçamentários naquilo que estava previsto para os reitores e as reitoras – garantiu o ministro. 

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