data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Kevin David/A7 Press/Folhapress
A Defensoria Pública da União pediu sexta-feira à Justiça Federal de São Paulo, em tutela de urgência, o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por conta do avanço da pandemia de Covid-19 no país. O exame, que é a principal forma de acesso ao Ensino Superior no Brasil, está marcado para os dias 17 e 24 de janeiro.
"Temos uma prova agendada exatamente no pico da segunda onda de infecções, sem que haja clareza sobre as providências adotadas para evitar-se a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão", diz o pedido, assinado pelo defensor João Paulo Dorini.
Vacina que é testada em Santa Maria tem pedido emergencial na Anvisa
As principais entidades estudantis do país, União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), entraram como "amigo da corte" na ação. As entidades avaliam que candidatos possam deixar de fazer a prova com receio do contágio.
Depois de uma semana, Santa Maria volta para a bandeira vermelha
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pelo exame, não vai exigir a medição de temperatura dos candidatos nem definiu qualquer outro tipo de análise de sintomas da doença.
"Não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento, durante o novo pico de casos de Covid-19. Qual será o impacto de mais um aumento exponencial de contaminações em decorrência do Enem, que não se restringirá apenas a estudantes e funcionários, mas também a seus familiares e pessoas de suas convivências, em um sistema de saúde já colapsado?", acrescenta, ainda, o texto da a ação judicial.