Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Com a homologação, na última sexta-feira, da etapa do Ensino Médio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Educação Básica está completa. Na prática, ela estabelece os conteúdos que todos os alunos têm o direito de aprender no decorrer do percurso escolar. A partir de agora, começam as discussões com as escolas, pais e professores para construção dos currículos. Para viabilizar a implementação da BNCC, serão destinados R$ 58 milhões para os Estados e o Distrito Federal.
Os currículos deverão estar estruturados até junho de 2019. Entre julho e setembro, haverá consultas públicas regionais nos Estados. Os novos documentos deverão ser analisados e aprovados pelos conselhos estaduais de educação entre outubro e dezembro, para serem aplicados a partir do início do ano letivo de 2020. As primeiras turmas irão se formar em 2022.
A Base Nacional Comum Curricular está organizada por áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). Língua portuguesa e matemática devem ser ministradas nos três anos do Ensino Médio. As demais disciplinas curriculares continuam sendo obrigatórias e serão abordados conforme cada escola determinar. A carga total será de 3 mil horas, sendo 1,8 mil para os conteúdos da base e 1,2 mil para a área formativa, que pretende aprofundar as áreas de conhecimento e a formação técnico-profissional, conforme a escolha do aluno.
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Como fica o currículo
Áreas de Conhecimento
- Além das aprendizagens comuns e obrigatórias, como matemática e português, os estudantes poderão escolher se aprofundar naquilo que mais relaciona com seus interesses e talentos
- São os chamados itinerários formativos, relacionados às áreas do conhecimento (Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e Ciências da Natureza) e com a formação técnica e profissional
- Os currículos de referência das redes e os Projetos Pedagógicos das escolas que irão definir a organização e a forma de ensino dos conteúdos e conhecimentos de cada um desses componentes, considerando as particularidades e características de cada região
Carga horária
- Professores e estudantes passarão mais tempo desenvolvendo as aprendizagens necessárias
- A carga horária de todas as escolas, durante os três anos, é ampliada de 2,4 mil para 3 mil horas
- Com isso, o tempo mínimo do estudante na escola passará de 800 horas para mil horas anuais (até 2022)
Formação técnica
- A nova estrutura permitirá que o jovem opte por uma formação profissional e técnica dentro da carga horária do Ensino Médio regular
- Ao final dos três anos, a escola deverá certificar o aluno no Ensino Médio e no curso técnico ou profissionalizante que escolheu