Segura e no tempo certo. É assim que o coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE), José Luís Vieira Eggres, avalia a decisão do governo do Estado em obrigar estudantes da Educação Básica de todas as redes de ensino do Rio Grande do Sul a retornar para aulas presenciais a partir da próxima quarta-feira. Em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade, na CDN, Eggres disse que as escolas da região estão preparadas para receber os estudantes.
Retorno obrigatório de aulas presenciais começa a valer na próxima quarta-feira
- As escolas têm recebido recursos extras para fazer a implementação da presencialidade e resolver algumas questões que, porventura, ainda tenham dificuldade. Está previsto também mais um repasse significativo - afirma.
A 8ª CRE ainda não teve acesso ao decreto estadual que deve ser publicado nesta sexta-feira e vai detalhar as regras para o retorno. O anúncio da obrigatoriedade foi feito na tarde de quarta-feira, após uma reunião entre o governador Eduardo Leite e o Gabinete de Crise. O pedido realizado pela Secretaria da Educação (Seduc) solicitava a obrigatoriedade das aulas presenciais para estudantes da Educação Básica, que compreende a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, de todas as redes de ensino do Estado (estadual, municipal e privada).
Cpers é contra obrigatoriedade do retorno presencial da rede de ensino
Até então, as aulas aconteciam em modelo híbrido. Na 8ª CRE, conforme Eggres, 50% dos estudantes já frequentavam aulas presenciais.
- Estamos há praticamente dois anos com aulas de forma remota. É sabido, apontado por pesquisas, que as aulas remotas não têm a mesma eficiência das aulas presenciais. É necessário que se abra a possibilidade desse retorno obrigatório para que a gente possa trazer de volta esse alunos que estão à distância - argumenta.
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Com a retomada da presencialidade, o coordenador também afirma que será retomado com mais força um trabalho de busca ativa a alunos que deixaram de frequentar aulas. Durante a pandemia, o vínculo escolar foi perdido com cerca de 25% dos estudantes que frequentavam os colégios antes do período.
- Temos um trabalho de busca ativa em parceria com o município e o Ministério Público. É claro que, diante dessa situação da opção da família de encaminhar ou não para a escola, era algo que nos dificultava. Mas agora, com a obrigatoriedade, esse trabalho de busca se intensifica - afirmou.