Fotos: Lucas Amorelli (Diário)
Romildo faz faixas de aprovados há 30 anos e diz que prefere as manuais, que são feitas com tinta e pincel
A divulgação dos colocados pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ontem, encheu os murais das redes sociais de postagens com o anúncio de "bixo 2018", em alusão à aprovação dos calouros das mais variadas instituições de ensino, dentre elas a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mas a comemoração não foi apenas virtual. Muros, sacadas e fachadas em algumas regiões da cidade também receberam as tradicionais faixas que informam que a casa tem um mais novo estudante universitário.
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No ramo de confecção de faixas há 30 anos, o pintor Romildo Fá Damacena, 51 anos, conta que ainda faz, e prefere produzir, o banner manualmente, com tinta e pincel. Ele e o irmão tem uma empresa de comunicação visual e também montam faixas adesivadas para os calouros.
- Numa faixa feita à mão, levo 30 minutos. Tiro as ideias da cabeça e faço rapidinho. Já as adesivadas leva um tempo, porque tem que montar o layout no computador. Isso leva de uma hora a uma hora e meia - diz Damacena.
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Até as 14h de ontem, a empresa de Romildo tinha recebido seis pedidos de faixas, sendo uma para o trabalho manual.
QUEDA NOS PEDIDOS
Já Cláudio Cunha Ribeiro, 47, que é sócio de uma empresa de comunicação visual há 9 anos, diz que nos primeiros anos fazia as faixas de bixos à mão, mas há cerca de 5 anos o estabelecimento passou a trabalhar apenas com banners adesivados, e pouco depois com faixas impressas.
Apesar da evolução tecnológica, o empresário diz que após o fim do vestibular da UFSM, que teve o último concurso em dezembro de 2014, os pedidos caíram, em média, 90%. Até as 15h de ontem, Ribeiro tinha 5 pedidos de faixas de aprovados na UFSM.