data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Professor Daniel Coronel traça panoramas para o futuro
Em meio à pandemia do novo coronavírus, a atenção da população está voltada, além da saúde, ao impacto financeiro causado pela incidência do vírus na vida dos brasileiros. Com as medidas de isolamento social necessárias para conter a disseminação da Covid-19, inúmeras empresas fecharam as portas e empregos foram perdidos.
Segundos dados do Ministério da Economia, até o início de maio, 1,1 milhão de postos de trabalho haviam sido extintos no Brasil. Neste momento, o papel do economista na sociedade mostra-se essencial para projetar o futuro em meio a tantas incertezas.
Hoje, 13 de agosto, Dia do Economista, o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Daniel Coronel, destaca o importante papel da profissão neste momento.
- O economista tem um papel importante na sociedade no sentido de dar contribuições para melhorar os aspectos sociais, políticos e culturais na vida das pessoas. Neste momento, o economista está sendo muito requisitado para dar projeções no sentido de direcionar ações de órgãos governamentais e do setor empresarial para saber quais caminhos a economia deve seguir - afirma.
Sobre o futuro, Coronel destaca que é imprescindível que as pessoas valorizem o comércio local na hora de escolher onde comprar:
- Santa Maria é uma cidade alicerçada no comércio. É fundamental campanhas no sentido de valorizar as empresas locais. Elas não possuem capital de giro, são elas que precisam de um apoio maior da comunidade.
Contudo, ressalta o papel da agricultura na economia do RS.
- Mesmo na pandemia, o agronegócio tem tido resultados espetaculares, com várias commodities apresentando crescimento. O agro já teve um papel importante na economia brasileira na criação do Plano Real e no "boom" das commodities. Agora, a gente vê, mais uma vez, o agronegócio socorrendo a economia - aponta.
PASSADO
Economista há 40 anos, o professor José Maria Pereira destaca o que mudou na profissão ao longo dos anos. Para ele, o avanço tecnológico foi fundamental para a profissão.
- É mais fácil de se fazer estudos empíricos. Ou seja, utilizar mais dados estatísticos. O próprio computador permite que se tenha uma variedade de dados impressionante. Isso nos permitiu aferições de dados, planejamento e projeções com muito menos margem de erro do que era no passado - destaca.
Por outro lado, Pereira acredita que a profissão tem se distanciado de sua essência.
- Ela se aproximou tanto da ciência exata que perdeu a sua origem. Ela surgiu como se fosse uma economia política, mais voltada para a questão social. Isso, de uma certa maneira, se perdeu - finaliza.