Mercado de trabalho

Tempos de crise: saiba os caminhos a seguir depois da demissão

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Com a atividade econômica em queda livre no país, a recessão impacta na vida de todos e é sentida diretamente no aumento do desemprego. Com isso, mais pessoas do que em outros anos, qualificadas ou não, estão ficando fora do mercado de trabalho. E quem é atingido, pergunta-se: fui demitido, e agora?

Segundo o economista Alexandre Reis, a primeira questão a ser respondida envolve identificar os motivos da demissão, se é em função da crise ou de um problema individual. Após, seguem-se passos básicos como cortar gastos e replanejar o orçamento familiar, buscar qualificação e até redefinir os rumos da carreira – leia mais no quadro.

Até junho, Santa Maria era um oásis em relação a outras cidades do país, principalmente as mais industrializadas, em relação aos cortes de vagas, já que a evolução do emprego se mantinha positiva na cidade. Porém, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam o fechamento de 590 postos de trabalho com carteira assinada em Santa Maria em julho.

O primeiro semestre deste ano foi de apertar cintos. Depois, as empresas sentiram a crise e começaram a rever o negócio e demitir, de um lado, os mais inexperientes e, de outro, os maiores salários afirma o economista Mateus Frozza.

Nessa lista está Rui Dornelles  Bruske, 34 anos, que há nove trabalhava como motorista de caminhão. Porém, ele e outros cinco colegas foram demitidos da empresa de transportes, que alegou redução de movimento. Sem o salário de R$ 1,7 mil, sem direito a seguro-desemprego e sem conseguir um emprego na área, Dornelles decidiu trocar de profissão, pelo menos por um tempo. Em breve deve começar a trabalhar como auxiliar de obras.

Chega no final do mês e temos contas para pagar, tem dívidas, tem que comprar comida e os custos apertam. Com minha mãe e minha mulher ajudando nas contas e no aluguel, é na comida que tem apertado mesmo explica Bruske.

Quem também pretende mudar de área é Dirlei de Freitas, 49 anos, que atuava como motorista de caçamba até ser demitido, no último dia 18. Ainda não decidiu o que fazer, mas cogita trabalhar “por conta”, vendendo lanches. Enquanto isso, corta gastos, como energia, água e até no consumo de carne. Bruno Silveira, 19 anos, trabalhava como instalador de móveis que fechou, no começo do mês. Ele usou o dinheiro da rescisão para fazer a carteira de motorista, que pode ser útil para o novo emprego.



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