Economia

Saiba como juntar dinheiro em ano de crise econômica

Juliana Gelatti

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As perspectivas para o ano que está chegando, na economia, já permitem que o cidadão faça o seu planejamento. Os especialistas afirmam que a inflação não será tão fácil de controlar e, por isso, os juros devem continuar altos, tanto para quem compra a crédito quanto para quem poupa. O Brasil não crescerá muito, o que representa pouca geração de empregos e, em algumas áreas, menos oportunidades para empresários. A receita para um ano com esse cenário é ter uma boa dose de conservadorismo e reverter o efeito dos juros a favor do investidor. E, para quem ainda não tem o costume de poupar, veja na página ao lado um desafio para juntar sem sentir muito R$ 1,3 mil até o fim de 2015.

:: Acompanhe a variação da inflação em 2015

As dicas básicas _ disciplina nos gastos, planejamento financeiro, preferência por pagar à vista _, agora, valem mais do que nunca. E um ponto importante para o ano é ter reservas para imprevistos e poupar para evitar financiamentos. Com inflação alta e taxas de juros também, é necessário usar esse cenário a favor. A taxa básica de juros, conhecida como taxa Selic, começa o ano em 11,75%. Diante disso, o diretor da corretora de investimentos Easynvest, Amerson Magalhães, recomenda que o investidor, grande ou pequeno, busque opções de aplicações que sejam ligadas à taxa Selic (veja abaixo).

_ Esse tipo de investimento tem risco muito baixo e retorno muito alto. Outros investimentos teriam que ter retornos muito bons para superar esse rendimento. Isso é indicado principalmente para quem não tem uma grande reserva financeira ou está montando essa reserva. Esses são os investidores conservadores, que não querem ou não podem ter perdas _ explica Magalhães.

Quando se busca segurança ao poupar, o cidadão normalmente pensa diretamente na poupança. Mas a taxa de rendimento da caderneta é 5% ao ano. Como a inflação fechou o ano em mais de 6%, quem deixou suas economias guardadas ali acabou perdendo dinheiro ao longo do ano. Ou seja, seria até melhor ter gastado o dinheiro do que poupado, já que ele perdeu valor de compra nesse período. Por isso, é muito importante avaliar quanto a instituição financeira vai pagar pelo seu dinheiro enquanto ele ficar lá. Isso é expresso em uma taxa de juros, que deve ser maior do que a inflação para valer a pena.

Dentro dos grupos que têm o mesmo grau de segurança da caderneta de poupança, estão os títulos privados, como as LCI e LCA (letras de crédito imobiliário e agrícola, respectivamente). Outra vantagem desse tipo de aplicação é que os rendimentos são isentos do imposto de renda e ligados à taxa Selic. Conforme Magalhães, esse tipo de aplicação é o mais procurado pelos conservadores. Os bancos em geral oferecem essas aplicações, mas é necessário comparar as taxas das instituições com empresas focadas em investimentos. A desvantagem é que, normalmente, é necessário esperar um prazo para retirar o dinheiro.

Outra opção bastante procurada por investidores conservadores são os títulos públicos. Esses títulos podem ser comprados por qualquer pessoa, em instituições financeiras ou no site do Banco Central.

_ O governo criou esse canal para que o pequeno investidor tenha essa rentabilidade maior a um baixo custo _ explica Magalhães.

Comece com 1 real

Poupança é o sinônimo econômico da prudência, e isso não vale apenas para quem já tem o costume de destinar uma parte fixa do salário para a caderneta. Quem, até hoje, nunca conseguiu fazer economias e acaba comprando tudo a prazo também pode começar pelo Desafio da Poupança, que segue regras simples da tabela abaixo. A origem é desconhecida, mas a tabelinha já circulou bastante pela internet. Educadores financeiros valorizam esse tipo de iniciativa por ser "

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