Mercado de trabalho

Quase 600 vagas de emprego são fechadas no mês de julho em Santa Maria

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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, revelam o fechamento de 590 postos de trabalho com carteira assinada em Santa Maria no mês de julho.  Apenas para fins de comparação, é como se todos os funcionários da Expresso Medianeira, uma das maiores empresas de transporte da cidade, tivessem ficado desempregados de uma só vez.

O número, que representa a diferença entre as 1.876 admissões e os 2.466 desligamentos, é o pior desempenho da cidade em 2015. O número também bate recorde para os meses de julho desde 2003, quando o Caged começou a apresentar dados sobre Santa Maria.

Conforme o ministério,  o setor que mais fechou vagas em Santa Maria foi o de serviços (353), seguido de comércio (106) e construção civil (87). No ano, a cidade acumula 481 vagas fechadas e, em 12 meses, saldo negativo de 616 postos. Até então, o pior mês de julho em matéria de geração de empregos em Santa Maria havia sido em 2005, com saldo negativo de 140 vagas. No ano passado, foram 76 vagas a menos.

O Caged também não traz números positivos para o Estado e para o país. No Brasil, em julho, foram fechados 157.905 postos de trabalho, uma queda de 0,39% no total de trabalhadores formais em comparação ao mês anterior.

Esse resultado representa a menor geração de empregos para o mês desde 1992, quando começou a série histórica do Caged. Segundo o ministério, no acumulado do ano, houve perda de 494.386 vagas. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 778.731 postos de trabalho.

O Rio Grande do Sul, conforme o Caged, está entre os três Estados com o maior número de demissões: 17.818, atrás de São Paulo (38.109) e Rio de Janeiro (19.457). Entre os gaúchos, a indústria da transformação foi a campeã de desligamentos, com 6,9 mil postos extintos.

Os números de julho, expressos pelo grande número de desempregados na cidade, demonstram que a crise chegou à economia local, o que preocupa lideranças do setor.
 
É reflexo da crise nos setores importantes para a cidade. Na construção civil, vejo como prevenção. Agora, no comércio e nos serviços, a crise está pegando, é reação, e não prevenção  afirma o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Luiz Fernando Pacheco.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ewerton Falk, os números fazem o empresariado vislumbrar a crise concretamente:

A tensão existia, mas a gente não tinha noção dos dados. Com um índice elevado, preocupa muito, ficamos muito temerários. O maior temor é o desemprego, pois diminui a renda e a venda, consequentemente.

Um análise rápida dos números também mostra que, de 2003 até agora, nenhum ano fechou com o número de demissões maior do que o de contratações em Santa Maria.
Se 2015 continuar alternando meses com saldo positivo e negativo de vagas, esta pode ser a primeira vez.



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