Inovação no campo

Projeto reúne pequenos agricultores na produção de temperos e condimentos

Jaiana Garcia

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Pensando em incrementar a renda, pequenos agricultores de Santa Maria estão se dedicando ao plantio de temperos. Sete famílias da localidade de Alto das Palmeiras, no distrito de São Valentim, em Santa Maria, passaram a cultivar pimenta, manjericão, alecrim, orégano, louro, canela e cravo-da-índia.

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Tudo começou em setembro do ano passado, a partir da parceria entre a prefeitura e a Emater que originou o Projeto Agroindústria de Plantas Condimentares. Isso depois que uma pesquisa mostrou que todos os temperos vendidos no município vêm de outros Estados e até do Exterior.

— É uma alternativa de renda interessante, porque a produção é grande em pouco tempo de cultivo, e o comércio é garantido — afirma o secretário de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto.

Com a chegada da aposentadoria, Gildemar Moraes da Silva, 59 anos, deixou a cidade e voltou para o campo. Há 14 anos ele planta hortaliças, mandioca e produz mel. Em agosto, ele iniciou o plantio de temperos.

— Temos esperança de que vai dar certo. Já tem gente interessada no nosso produto, e será um incremento bom na renda a longo prazo — destaca.

A assistente técnica da Emater, Marilene Ferreira, explica que o processo é simples: plantar, colher, desidratar e embalar. No início, os produtores farão a experiência em pequenas áreas.

— Precisamos ver quais condimentos vão se adaptar melhor ao nosso clima e solo, e também quais produtos terão mais potencial de venda.

Na segunda-feira e nesta terça-feira, os agricultores participaram de um curso sobre associativismo, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Eles devem criar uma associação nos próximos meses, e a longo prazo a ideia é montar uma cooperativa. Uma escola de técnicas agrícolas será criada para dar assistência aos produtores.

No espaço também serão instalados os equipamentos já adquiridos pela Emater, por meio do programa RS Biodiversidade. Foram investidos R$ 49 mil na compra de duas máquinas desidratadoras, duas seladoras (para embalar), e outros equipamentos. Por enquanto, tudo vai funcionar num Centro Espírita da localidade. A prefeitura deve abrir licitação para reformar um espaço na Escola Municipal José Paim de Oliveira, onde será a sede da agroindústria e da escola agrícola.

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