Foto: Charles Guerra (Arquivo Diário)
Apesar de a Petrobras ter anunciado na semana passada uma redução de 3,4% para o gás vendido em vasilhames ou a granel, mais consumido por clientes comerciais e industriais, o gás comercializado em botijão de 13 quilos, de uso residencial, não tem previsão de mudanças no preço. A Ultragaz é uma das distribuidoras do produto para pontos de venda em Santa Maria, e o gerente geral no município, Jocelito Fonseca, diz que nenhum reajuste foi apresentado para o gás de 13 quilos, até ontem.
Ontem, o Diário telefonou para pontos de venda de gás de cozinha e constatou que os preços praticados são semelhantes aos de novembro. O botijão de 13 quilos pode ser encontrado na cidade de R$ 65 a R$ 72, para venda na portaria, e entre R$ 67 a R$ 82, na entrega.
Ele salienta que mesmo que um anúncio seja feito, o valor para o cliente final deve se manter o mesmo até o final de fevereiro. Fonseca explica que os meses de janeiro e fevereiro são fracos para as vendas de gás residencial, porque a maior parte da população, segundo ele, está em férias e costuma sair de Santa Maria.
Assim, as distribuidoras não alteram os preços nestes meses, seja redução ou aumento, para tentar compensar a significativa queda nas vendas.
- Mesmo que seja anunciada redução, nos primeiros 60 dias do ano, não fazemos mudanças nos valores para tentar compensar a queda no fluxo de caixa. É um período bastante complicado para o nosso setor - diz o gerente geral da Ultragaz.
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Fonseca acredita que ocorra uma pequena redução por parte da Petrobras a partir de março. Ele avalia que uma queda no preço auxiliaria nas vendas do setor.
O Diário tentou contato, ontem, com a Supergasbrás, mas nas três ligações o responsável pela comunicação não pode atender a reportagem. Até o fechamento desta edição, a distribuidora não contatou o jornal. Já a assessoria da Liquigás pediu as perguntas por e-mail e, até o fechamento desta edição, não respondeu à solicitação.
"MALABARISMOS"
O dono do Império do Gás, Célio Gracioli, diz que lançou uma promoção para os meses de janeiro e fevereiro na tentativa de alavancar as vendas. Ele confirma que esta época do ano é de movimento baixo e avalia que chamar a atenção do cliente é importante.
Gracioli acredita que o preço do botijão de 13 quilos deverá se manter por bastante tempo, mesmo depois que o verão acabar. Já o proprietário da Disk-Gás, Edison Luiz da Rosa, espera uma redução no valor, para auxiliar o setor. Ele conta que, desde o início de janeiro, registrou, em média, 30% de redução nas vendas.
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Rosa pontua que, no verão, as pessoas consomem mais comidas frias ou optam pelas entregas e refeições fora de casa, pois "todos fogem do calor do fogão". O dono da revenda conta que o movimento no setor é retomado no período de volta às aulas, quando as famílias regressam para Santa Maria das férias.