Economia

Para especialistas, onda de demissões no comércio chegou ao fim em Santa Maria

Mariana Fontana

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Desde que são medidas as contratações e demissões na cidade, em 2003, nunca o primeiro semestre tinha sido tão negativo em Santa Maria. Nos números divulgados na quarta-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos seis primeiros meses de 2016, 393 postos de trabalho foram fechados na cidade, e os índices mais alarmantes são no comércio: -448 empregos desde janeiro e -720 nos últimos 12 meses. Só não foi pior porque o setor de serviços ainda empregou. Conforme entidades empresariais e especialistas, o pior já passou. A tendência é de que não haja novas demissões no comércio, mas não há previsão de contratações. 

As profissões com mais cortes e mais geração de empregos em 2016 em Santa Maria e os salários médios

Para quem lida com o setor, a renovação e o crescimento para o comércio da cidade passam por diferentes caminhos: do cenário político-econômico nacional à qualificação da mão de obra, respingando por modificações nos modelos de negócios.

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Conforme o economista Mateus Frozza, os números negativos são um reflexo da realidade sentida por todos os setores, do automobilístico aos camelôs, e da mudança de perfil dos consumidores, que hoje não está mais comprando, seja pela escassez de crédito, dificuldade de financiamentos, entre outros aspectos. Frozza afirma que, para o segundo semestre, deve haver acomodação das demissões, mas que isso não significa que haverá uma grande reação de vendas no setor:

Mês de maio contabiliza corte de empregos em Santa Maria 

– As demissões que deveriam ocorrer já aconteceram, devem se estabilizar. Mas não há perspectivas de contratação de temporários, como antes, porque as pessoas não estão demandando mais, estão sem crédito ou segurando os gastos e mudando os hábitos, aprendendo a trocar um chuveiro e atrasando a reforma.

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Para Frozza, o crescimento econômico de Santa Maria e a geração de emprego está ligada a uma melhora da conjuntura econômica do país. A opinião é compartilhada pelo presidente da Cacism, Rodrigo Decimo. Segundo ele, as projeções ao segundo semestre são mais positivas e os indicadores já demonstram uma estagnação. Para Decimo, os ajustes econômicos feitos pelo governo interino de Temer trazem evoluções:

– Está longe do otimismo, mas já leva a refletir sobre a possibilidade de novos investimentos e de fazer a roda da economia girar e gerar emprego.

Conhecer o consumidor

Conforme o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Sant"

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