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O desafio do e-commerce para o setor gastronômico durante a pandemia

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Empresário do setor gastronômico, Thiago Torriani participou, nesta quinta-feira, do programa Direto da Redação, da TV Diário, e falou sobre os desafios impostos pela pandemia para o ramo. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo. 

Diário - Muitos empresários acharam que a fase mais difícil da pandemia já tinha passado, mas tudo indica que ela chegou agora. Como o senhor avalia este momento?

Thiago Torriani - A gente esperava que o pior momento houvesse passado. Mas, realmente, por questões óbvias, estamos em uma fase terrível. Para todos os empresários da cidade e do Brasil em geral. Estamos com uma insegurança absolutamente sobre tudo. Como agir, como proceder. Estamos tentando nos reinventar, mas a questão é que, realmente, a pandemia pegou as pessoas de uma maneira muito forte. Não é só a questão financeira, mas também mental.

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Diário - O ramo da alimentação consegue trabalhar com a tele-entrega. Mas isso, com certeza, muda a rotina de toda a empresa. O senhor falou em se reinventar. O que você faz para conseguir isso durante este ano de pandemia?

Torriani - Primeiramente, a gente mudou de endereço. Estávamos com um negócio novo em um local novo fazendo propaganda para atingir os clientes, já que temos uma tradição de 30 anos. As pessoas estavam voltando a saber da nossa existência porque ficamos um pouco escondidos no Calçadão. E, agora, estamos em novo endereço, no Hotel Dom Rafael Business, na Avenida Dores. Estávamos retornando ao mercado e as pessoas estavam dando uma contrapartida ótima, com um movimento muito bom e, então, veio o lockdown. Em um primeiro momento, a gente fica sem ação, mas precisamos nos reinventarmos a partir das vendas online. Mas não é a mesma coisa. Muda completamente. Existe muita gente vendendo online, mas temos feito propaganda e temos, também, uma boa clientela.

O desafio do e-commerce para o setor gastronômico durante a pandemia

Diário - O senhor conseguiria fazer uma análise do mercado atual e, principalmente, as lições aprendidas neste período?

Torriani - O mercado, hoje, está muito retraído, até mesmo porque a circulação da moeda diminuiu muito. Por exemplo, nós somos clientes de muitos estabelecimentos comerciais, assim como donos de muitos desses negócios são nossos clientes. Como a crise financeira é grande, também diminuiu bastante e está complexa essa questão da clientela, até mesmo porque as pessoas também sentiram o baque econômico. Hoje já existe muito a questão de fazer em casa, de se reinventar a aprender a cozinhar. Então, realmente, estamos em um momento bem difícil. Temos um leque muito grande de congelados, doces, massas de pizzas, mas é muito difícil, porque as pessoas gostam e querem sair. Neste momento, as coisas estão muito difíceis, acredito que para todo mundo.

Diário - Nesta sexta haverá um pronunciamento do governador em que ele deve anunciar novas medidas e, também, saberemos se a prefeitura vai seguir as medidas. Qual a expectativa de poder reabrir o estabelecimento?

Torriani - Na verdade, para nós, é um alento. Imagina que estamos faturando 15% a 20% a menos do que faturávamos. As contas não param. Temos expectativa pelo retorno das pessoas. É um recomeço, sinceramente. A gente tem expectativa, mas não sabemos o que vai acontecer.

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