Diário nos Bairros: Eleições 2016

Moradores do bairro Urlândia querem mais serviços de saúde 

Lizie Antonello

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O bairro Urlândia é o mais populoso da Região Sul, com 8.967 habitantes. Em relação à infraestrutura, as demandas são diferenciadas nas quatro vilas do local: Urlândia, Santos, Formosa e Tropical. Porém, quando perguntados sobre o que a prefeitura poderia fazer para proporcionar mais qualidade de vida no bairro como um todo, a maioria elegeu a saúde como prioridade. 

A população quer melhorias nas duas unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro: o da Urlândia e o da Santos. A comunidade reclama da falta de médicos e do sistema de agendamento. 

Principal demanda do bairro Lorenzi é o saneamento básico

– Há muita troca de médicos. A gente consulta, o médico pede um exame, até conseguirmos fazer e levar, já é outro médico, que não conhece o nosso caso. O número de agentes de saúde também é insuficiente e até faltam remédios – afirma a dona de casa Aniolina da Rosa, 58 anos, da Urlândia.

O sistema de agendamento foi uma medida adotada pelo atual governo para tentar resolver um problema histórico: as longas filas formadas desde a madrugada. Conforme os moradores, o novo método resolveu parcialmente a situação. As filas ficam restritas à data do agendamento, porém não se consegue consulta para o mesmo dia. Na ESF da Urlândia, só para a semana seguinte. Na ESF da Santos, a pessoa vai num dia e agenda para o outro. 

O problema da falta de profissionais na atenção básica permeia várias administrações municipais. Conforme levantamento feito pelo Ministério Público Estadual (MPE), atualmente, são 16 grupos de ESF, mas deveriam ter 44, implantados gradualmente, como previa o projeto original em 2004. Além disso, as equipes de ESF têm cerca da metade de profissionais do que o ideal. 

A prefeitura admite o déficit de profissionais na área, alega que não consegue contratar mais gente e tenta encontrar uma solução. No caso do bairro Urlândia, mesmo tendo duas unidades, com duas equipes em cada, são insuficientes para atender a todos os moradores, uma realidade admitida pelos próprios profissionais da saúde. 

No ano passado, a situação foi parar na Justiça. O MP ajuizou duas ações civis públicas contra o município. Em um dos processos – aguarda julgamento desde abril –, o promotor Fernando Chequim Barros pede que o município seja condenado a criar mais 29 equipes de ESF. 

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