Quem não recarregou o cartão de passagem até o último sábado, começou segunda-feira desembolsando R$ 0,40 a mais para usar o transporte coletivo em Santa Maria. Segundo o gerente do SIM, Cristiano Andretta, somente hoje será possível medir se houve impacto na quantidade de passageiros.
– Na nossa principal rota, até o campus da UFSM, o movimento foi normal. Pode ter tido algum reflexo nos bairros. Mas só temos o número fechado amanhã (terça-feira) – afirma Andretta.
Em média, cerca de 80 mil usuários utilizam o transporte diariamente em Santa Maria. Com o reajuste de 13,8%, a tarifa passou de R$ 2,90 para R$ 3,30. Quem vai e volta de ônibus ao trabalho durante seis dias da semana vai gastar R$ 19,20 a mais por mês. As outras duas modalidades de transporte urbano, o seletivo e o interdistrital, também tiveram as passagens reajustadas ontem. O seletivo, conhecido como azulzinho, passou de R$ 3,50 para R$ 4, ou seja, 14,3% de aumento. Nos interdistritais, a tarifa mínima passou de R$ 3,30 para R$ 4,25.
Na última quarta-feira, o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) assinou o decreto que aumenta a tarifa. O reajuste foi de 13,8%, superior à variação de 12,2% do IPCA, que é o índice usado para medir a inflação oficial no país.
Entre o final de janeiro e o começo de fevereiro, a planilha de custos apontou para um valor de R$ 3,31, que foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transportes (CMT). No entanto, o chefe do Executivo negou o aumento por três vezes.
Ar-condicionado
Entre outras exigências, o decreto pede que a cada 10 ônibus novos comprados, dois deles sejam equipados com ar-condicionado. Além disso, as empresas deverão dar sequência à implantação do sistema de biometria facial bem como à divulgação dos horários e itinerários das linhas do transporte coletivo.
PSOL vai à Justiça
Após o aumento da tarifa do transporte coletivo de Santa Maria, que está valendo desde ontem, o PSOL local emitiu uma nota em que não descarta que buscará na Justiça reverter o preço de R$ 3,30 da passagem de ônibus.
Conforme material divulgado à imprensa, o partido traz que "procuraremos os meios legais para barrar essa medida". A nota ainda pede uma "auditoria isenta dos dados e das informações apresentadas pelas empresas".