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Há mais de um ano, ruas da Vila Belga não recebem o já tradicional brique

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário) 

Há um ano e dois meses, o que antes era palco de encontros, músicas, comercialização de produtos e atividades culturais deu lugar ao bucólico silêncio dos domingos santa-marienses. Desde 2015, ele era quebrado, ao menos duas vezes por mês, pelo Brique da Vila Belga, que acontecia na vila do mesmo nome que concentra 84 casas que fazem parte da história de Santa Maria e que foram construídas para abrigar funcionários da antiga Viação Férrea do Rio Grande do Sul.

Contudo, o coronavírus e as consequentes medidas de isolamento e distanciamento social deram uma pausa no evento, que já era tradicional. Prejuízo para os pedestres, que passeavam pelo Brique, mas, sobretudo, para os cerca de 150 expositores locais, que tiravam parte do sustento da família com o evento.

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- O prejuízo aconteceu, sem dúvida. Muita gente precisou pensar em outras atividades e quem não tinha outra, precisou criar uma forma de se manter. Muitos casos de pessoas que tiveram que partir para outros trabalhos - relata o diretor geral do Brique, Carlos Alberto da Cunha Flores, o Kalu.



Em contrapartida ao ócio forçado dos artesãos, entidades e o poder púbico se organizaram para buscar soluções, mesmo que de forma paliativa. Na Avenida Rio Branco, em frente ao supermercado Carrefour, existe o Espaço Santa Maria Criativa, cedido pela prefeitura para cerca de 30 artesãos locais. Outra medida é a criação da Quinta-feira Artesã, coordenada pelo Sistema nacional de Emprego (Sine), de Santa Maria, com apoio da prefeitura. A edição mais recente ocorreu na última quinta-feira, na Praça Roque Gonzales, em frente ao Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo.

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RETOMADA

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Ewerton Falk, afirma que a experiência com o Quinta-feira Artesã pode ser ampliada para a Vila Belga, seguindo todos os protocolos exigidos em tempos de pandemia.

- A minha grande preocupação é não deixar de ocupar os espaços para que eles não percam o encanto, como é o caso da Vila Belga. É possível, sim, começarmos a nos preparar para uma retomada, a pensar nisso. A população já tem um comportamento diferente e estamos mais maduros em relação ao vírus - defende Falk.

Já Kalu diz que ainda é preciso ter cuidado ao pensar em uma retomada, principalmente pelo cunho participativo e de encontros que o brique promove.

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- Acho que ainda não é completamente seguro. Uma das características do brique é que ele é um lugar de encontro e que as pessoas confraternizam. Não é apenas uma amostra ou exposição. As pessoas passeiam, tomam chimarrão - argumenta.

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