coronavírus

Estudo projeta que 43% dos trabalhadores gaúchos podem sofrer impactos pela crise

18.398

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Um estudo da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) do Rio Grande do Sul projetou os impactos econômicos para os trabalhadores gaúchos durante a crise causada pelo coronavírus. O foco do trabalho foi os trabalhadores que atuam em categorias economicamente mais vulneráveis. Esta população, conforme o estudo, representa 43% da força de trabalho gaúcha e esta sujeita a impactos das medidas de prevenção à Covid-19, como o isolamento social. A análise foi desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Economia e Estatística (DEE/Seplag).

Pesquisa mostra que mais de 76% dos gaúchos é a favor de isolamento social

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

O grupo de vulnerabilidade econômica é composto por empregados informais, desocupados e por quem trabalha por conta própria. Essas pessoas não têm direito a auxílio desemprego e somam 2,6 milhões de trabalhadores. Desse contingente, a estimativa é de que 598 mil pessoas estariam aptas, pelos ganhos que tinham antes pandemia, a receber as três parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 por mês do governo federal.

Estudo prevê construção de 7 km de terceiras faixas na RSC-287, entre Santa Maria e Novo Cabrais

Além dos 239 mil beneficiários do bolsa-família, o estudo projeta cerca de outros 359 mil gaúchos poderão atender os requisitos que ficaram estabelecidos no programa federal, entre eles ser maior de 18 anos e renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo. Esse contingente de vulneráveis economicamente aptos aos R$ 600 é de 86 mil trabalhadores informais, 129 mil que trabalham por conta própria e 144 mil desocupados.

A projeção leva em conta um salário mediano de R$ 1 mil para os trabalhadores por conta própria que não contribuem para a previdência e os empregados sem carteira assinada. O auxílio de R$ 600, portanto, compensaria entre 30% e 60% do rendimento mediano dos trabalhadores informais no Estado.

De 20 restaurantes consultados, metade reabrirá a partir desta segunda-feira

FAIXA ETÁRIA
O estudo também buscou informações sobre a faixa da população com mais de 60 anos de idade, considerada a de maior risco para a Covid-19. Eles são 52,8% dos trabalhadores, sendo 35,2% homens, frente a 17,6% das mulheres.

PEQUENAS EMPRESAS
Das 212.450 pequenas empresas em atividade no RS consideradas, 68% estão no regime de tributação do Simples Nacional, sendo responsável por um terço dos empregos formais no Estado. Para 71% das empresas do Simples, o número de funcionários fica entre um a quatro postos de trabalho. O estudo considera que esses postos são empregos vulneráveis que, mesmo em curto prazo, podem ser destruídos na ausência de políticas públicas adequadas.

A atividade de comércio representa 45% das empresas. Mesmo com a alternativa de migrar para as vendas pela internet (e-commerce), o isolamento imposto pela quarentena representa perdas importantes.

O trabalho, contudo, faz um alerta que todos os cenários são ainda de uma realidade de pré-crise do coronavírus e que ainda é cedo para dimensionar o tamanho do impacto sobre as pessoas mais vulneráveis. Conforme os autores, é preciso também avaliar quais serão os efeitos da crise para as grandes empresas e naqueles não classificados como economicamente vulneráveis. Outro objeto de análise deve ser a evolução das demissões e pedidos de seguro-desemprego por região e como irá se comportar a adesão aos programas de auxílio do governo federal.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Banrisul prorrogará parcelas de crédito consignado para funcionários públicos do Estado

De 24 restaurantes consultados, 10 reabrem a partir desta segunda Próximo

De 24 restaurantes consultados, 10 reabrem a partir desta segunda

Economia