data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Um estudo da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) do Rio Grande do Sul projetou os impactos econômicos para os trabalhadores gaúchos durante a crise causada pelo coronavírus. O foco do trabalho foi os trabalhadores que atuam em categorias economicamente mais vulneráveis. Esta população, conforme o estudo, representa 43% da força de trabalho gaúcha e esta sujeita a impactos das medidas de prevenção à Covid-19, como o isolamento social. A análise foi desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Economia e Estatística (DEE/Seplag).
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O grupo de vulnerabilidade econômica é composto por empregados informais, desocupados e por quem trabalha por conta própria. Essas pessoas não têm direito a auxílio desemprego e somam 2,6 milhões de trabalhadores. Desse contingente, a estimativa é de que 598 mil pessoas estariam aptas, pelos ganhos que tinham antes pandemia, a receber as três parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 por mês do governo federal.
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Além dos 239 mil beneficiários do bolsa-família, o estudo projeta cerca de outros 359 mil gaúchos poderão atender os requisitos que ficaram estabelecidos no programa federal, entre eles ser maior de 18 anos e renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo. Esse contingente de vulneráveis economicamente aptos aos R$ 600 é de 86 mil trabalhadores informais, 129 mil que trabalham por conta própria e 144 mil desocupados.
A projeção leva em conta um salário mediano de R$ 1 mil para os trabalhadores por conta própria que não contribuem para a previdência e os empregados sem carteira assinada. O auxílio de R$ 600, portanto, compensaria entre 30% e 60% do rendimento mediano dos trabalhadores informais no Estado.
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FAIXA ETÁRIA
O estudo também buscou informações sobre a faixa da população com mais de 60 anos de idade, considerada a de maior risco para a Covid-19. Eles são 52,8% dos trabalhadores, sendo 35,2% homens, frente a 17,6% das mulheres.
PEQUENAS EMPRESAS
Das 212.450 pequenas empresas em atividade no RS consideradas, 68% estão no regime de tributação do Simples Nacional, sendo responsável por um terço dos empregos formais no Estado. Para 71% das empresas do Simples, o número de funcionários fica entre um a quatro postos de trabalho. O estudo considera que esses postos são empregos vulneráveis que, mesmo em curto prazo, podem ser destruídos na ausência de políticas públicas adequadas.
A atividade de comércio representa 45% das empresas. Mesmo com a alternativa de migrar para as vendas pela internet (e-commerce), o isolamento imposto pela quarentena representa perdas importantes.
O trabalho, contudo, faz um alerta que todos os cenários são ainda de uma realidade de pré-crise do coronavírus e que ainda é cedo para dimensionar o tamanho do impacto sobre as pessoas mais vulneráveis. Conforme os autores, é preciso também avaliar quais serão os efeitos da crise para as grandes empresas e naqueles não classificados como economicamente vulneráveis. Outro objeto de análise deve ser a evolução das demissões e pedidos de seguro-desemprego por região e como irá se comportar a adesão aos programas de auxílio do governo federal.