Eleições 2016 em Santa Maria

Esquenta a cobiça por esta sala

Marcelo Martins e Ticiana Fontana

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Faltam 14 meses paras as eleições municipais de 2016, mas a política santa-mariense dá sinais claros de efervescência. Partidos e políticos já deram início à safra da boataria para fortalecer ou enfraquecer nomes, marcar território e “ganhar preço” no cenário local. Muitas vezes são anunciados futuros candidatos que, logo ali, não se sustentam. Internamente, nos partidos, os ânimos estão cada vez mais acirrados. Relatos de embates são cada vez mais corriqueiros entre os grandes partidos e, igualmente, entre as siglas mais periféricas. 

Com 201 mil votantes, o município terá, pela primeira vez, segundo turno  no ano que vem, se um candidato não fizer mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno. O cenário que se desenha é de uma divisão das eleições em três candidaturas: uma governista, uma de oposição e uma terceira via que deve correr à margem dos demais.  

Contudo, o cenário que está colocado deve sofrer mudanças. Isso porque até outubro deste ano, quando faltar um ano para a eleição, há margem para a troca de partido. Esta janela pode ser usada, por exemplo, pelo petista Fabiano Pereira. Ele, que é pré-candidato a vice-prefeito, estaria descontente e contrariado por  não ter sido o nome escolhido do PT. Seus apoiadores contavam vê-lo na cabeça da chapa petista, mas na festa do seu aniversário foi escanteado a vice. Alguns petistas palpitam que ele estaria propenso a buscar guarida no PSB (de Beto Albuquerque) ou, até mesmo, no PSD (do deputado Danrlei).  

Os petistas apostam em Valdeci Oliveira, que já comandou a cidade por duas vezes, e estariam em um flerte com o PDT  para vice.  O vereador pedetista e pré-candidato a prefeito Marcelo Bisogno, hoje é governista,  defende candidatura própria da sigla, mas afirma que “tudo pode acontecer na política”. 

O PSDB surgiu com nova possibilidade nos últimos dias. O vereador João Ricardo Vargas pode ser pré-candidato pelo partido. No lugar do sempre anunciado Jorge Pozzobom, maior nome tucano local, que minimiza a boataria e assegura que tudo será esclarecido em seu tempo. 

DEM e PTB que compõem a base governista afirmam que as tratativas estão em aberto. O PR, da vereadora Anita Costa Beber, faz coro às conversações. O PSD não tem também pré-candidato.

PMDB dividido

Do lado governista, o vice-prefeito José Haidar Farret é o nome do prefeito “pela pessoa e pela cidade”, defende Cezar Schirmer. Farret afirma estar mais disposto do que nunca em disputar a eleição. O apoio divide opiniões dentro do PMDB. “Seguramente não vamos ficar à sombra de quem quer que seja. Temos nomes”, sustenta um dirigente peemedebista que afirma que o assunto será debatido pelo partido no próximo dia 29, em reunião da sigla.

Até encerradas as convenções em junho do ano que vem, ainda haverá muita disputa e especulação. Além das eleições 2016, a disputa de 2018 já entrou na negociação.

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