Com a elevação nos valores dos combustíveis e da energia elétrica, essenciais para todos os setores, os empresários irão se ver diante de duas opções: o aumento do valor dos produtos ou a diminuição dos lucros. Caso os preços finais sofram alteração de forma geral, o poder de compra da população diminui, já que o salário não aumentou na mesma proporção. Com isso, as vendas podem cair ou, na melhor das hipóteses, estagnar. Por todos esses fatores, empresários já pensam em saídas para otimizar os custos.
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_ O aumento dos custos, dependendo da concorrência, não vai ter como repassar. Reduzir a margem de lucro, que já é pequena, é complicado, e uma das opções pode ser o corte de empregos _ afirma Luiz Fernando Pacheco, presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism).
Outro fator que preocupa Pacheco e Jacques Eskenazi Neto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) é se o novo salário mínimo regional entrar em vigor. A atualização dos valores em 16% foi suspensa pelo Tribunal de Justiça do Estado em dezembro. Para os dirigentes, o novo valor comprometerá ainda mais as finanças, além de dificultar o poder de competição em relação a outros Estados do país:
_ Para empresas que estão crescendo nem 3%, colocar mais um aumento de custo vai gerar demissão _ protesta Eskenazi.
Aumentos salariais também acabam gerando mais inflação, explica o economista Mateus Frozza. Com as projeções de inflação a 7%, que já estão sendo divulgadas, é provável que os sindicatos reivindiquem aumentos acima dessa taxa:
_ É uma bola de neve. O trabalhador sente que seu poder de consumo vai cair e pede um aumento maior _ completa.