Foto: Nathália Schneider (Diário)
No próximo domingo (14) é celebrado o Dia das Mães, a segunda data mais importante para o comércio depois do Natal. Isso significa que o tempo está apertado para buscar o presente. A pesquisa de preços é comum, mas este ano deve se intensificar com o cenário econômico instável. As entidades do setor têm expectativa positiva, mas isto não exclui a preocupação com as taxas de juros alto, o poder de compra reduzido e os 73 mil santa-marienses que estão negativados em fevereiro, conforme o Sistema de Controle de Proteção Comercial – SCPC Boa Vista.
Produtos mais baratos para não deixar passar em branco
A insegurança do consumidor durante as compras é sentida por Sandra Dornelles, 48 anos, gerente comercial de uma farmácia de manipulação com diversos produtos, inclusive de beleza e cuidado pessoal, presentes recorrentes nesta data.
Por lá, os dias de chuva na última semana diminuíram o fluxo de pessoas. No entanto, ainda assim, Sandra tem boas expectativas pela característica da loja: produtos em diferentes faixas de preço.
Conforme ela, os itens que mais saíram custavam na média de R$ 39, que são kits considerados mais em conta – enquanto nenhum kit considerado "elitizado", que custam na média de R$ 200, foi comprado.
Expectativa positiva em um cenário preocupante
A projeção é sempre positiva quando se trata do Dias das Mães, mas esperar grandes números seria um descompasso com a realidade. Esta leitura é de Marcio Rabelo, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Maria (CDL/SM).
– O Dia das Mães é uma data positiva ao comércio, ao mesmo tempo em que o cenário se apresenta como desafiador. Estamos hoje com a inflação corroendo o poder de compra dos brasileiros, com índices de endividamento da população bastante preocupantes. Muitos dos quais até refletem no aumento da inadimplência e isso tudo ocasiona uma retração do consumo – pontua Rabelo.
Se para o presidente da CDL/SM está difícil mensurar as expectativas de vendas, isto também ocorre para Ademir da Costa, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Santa Maria (Sindilojas) Região Centro:
– As perspectivas de Dia das Mães sempre são boas. O que pode ocorrer é ser um pouquinho menos do que o esperado. O momento político atrapalha um pouquinho, as pessoas estão receosas, os preços altos e o fato de nós ainda não termos ajustados o salário base dos lojistas preocupam. Nós estamos com a inflação do ano passado, e devemos ajustar com a atual. Isto significa mais dinheiro rodando na cidade.
Fora o Dia das Mães, o aquecimento das vendas neste semestre deve ocorrer pela entrada na nova estação em que há o aumento do frio, detalha Rabelo.
Em busca do presente perfeito: o de menor custo
A equipe do Diário foi às ruas para saber a perspectiva do consumidor que está em busca de um presente para o Dia das Mães.
As irmãs Nicole Zago,18 anos, e Rafaela Zago, 14, aproveitaram a tarde de sol da última quarta-feira para ir em busca do presente para a mãe e a avó:
– Estava pensando em dar uma coisa mais simples, mas especial, como um chaveiro ou alguma coisa de yoga que ela gosta, ou uma estátua daquelas de elefante – lista Rafaela, e Nicole ainda lembra:
– Estávamos falando em dar uma caneca para ela escrito te amo mãe, mas é muito muito clichê.
Rafaela Razzera, 21 nos, estudante, também saiu em busca do presente de domingo:
– Já dei uma olhada, sim, mas ainda não comprei, porque a minha mãe já tem de tudo um pouco, então eu estou querendo comprar um chocolate só para não passar em branco a data.
O bartender Henrique Fraga, 24 anos, já sinalizou que o foco é passar o tempo de qualidade no Dia das Mães, e isto impacta no presente da dona Carmen:
– Eu já comprei alguma coisinha um pouco adiantado. Mas eu gosto mesmo é de fazer algumas surpresinha, nem que seja algo simples como um café da manhã, porque eu acho que o gestos também contam bastante. Normalmente, quando a gente quer dar uma coisinha mais legal me junto com as minhas irmãs.
Já o dia das mães para a estudante Kemyllin Dutra, 19 anos, vai ser à distância, já que ela mora em Santa Maria, enquanto a mãe em Sobradinho:
– Minha mãe não mora aqui comigo, mas vou dar uma olhadinha para decidir o que eu vou comprar. Eu acho que eu vou ter que entregar depois da data, mas a gente dá um jeitinho, né? Pelo orçamento, acho que ela vai ter que se dar o presente, colaborar.
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