Deputado da Região Central diz ter convite para deixar partido

Em seu primeiro mandato, o deputado estadual Miguel Bianchini (PPL), que é de Santiago, já protagonizou algumas situações que lhe renderam visibilidade. A primeira delas foi uma briga, em abril, quando ele e o presidente da sigla no Estado, Werner Rempel, estiveram em um embate. Werner, à época, afirmava que o parlamentar não estava alinhado aos princípios ideológicos do partido. A segunda situação, que lhe rendeu repercussão estadual, foi uma afirmação polêmica. Ele disse, em junho, que seria prática recorrente entre os parlamentares o recebimento de parte dos salários dos seus assessores e que teria sido pressionado a fazer o mesmo, mas que jamais faria. 

Agora, o deputado, de poucas palavras, pode estar de saída do partido. Ele afirma ter recebido propostas de outras siglas para deixar o PPL. Segundo Bianchini, a crise interna que vivenciou dentro do partido está superada e não há qualquer motivação para trocar de sigla:

_ Isso é especulação. Não há nada. O que existe, claro, é um assédio de alguns partidos. Mas, em princípio eu não tenho intenção (em trocar de partido). Vários partidos me fizeram convites informais. 

Na quinta-feira, o deputado estará na cidade e adianta que terá uma reunião com o vereador e presidente do partido, Werner Rempel. Contudo, ele é categórico ao dizer que, agora, o momento não é de ruptura: 

_ A minha crise com o PPL está superada. Três meses atrás, durante a crise, a minha situação ficou complicada e eu não sabia o que iria fazer.

Os convites, segundo ele, partiram de partidos da sua cidade de origem e também de dentro da Assembleia Legislativa. O nome de Bianchini é cotado, ainda que internamente pelo PPL, para uma possível candidatura à prefeitura de Santiago.

Na carona de Manuela

Eleito em outubro de 2014, com 13.515 votos, o bombeiro, que era vereador de Santiago, garantiu a única cadeira do PPL na Assembleia graças à expressiva votação de Manuela D’Ávila (PC do B), que era de sua coligação e fez 222.435 votos.

O deputado diz que seu mandato é voltado às questões da segurança pública e da saúde.