O Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFSM, que integra do Conselho Municipal de Transportes (CMT), defende que o transporte coletivo passe a contar com um aporte de recursos do próprio município. A posição foi externada pelo coordenador de comunicação, Mateus Luan, que rechaçou a sugestão feita pela Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) de fazer com que a UFSM aporte recursos do seu orçamento para subsidiar o transporte de alunos da instituição.
Eles (empresários) querem inverter as coisas. A questão do subsídio é com a prefeitura, que é quem concedeu para que eles estejam à frente do transporte. Não se pode inverter as responsabilidades afirmou Luan.
Mateus Luan entende que cabe ao Executivo municipal destinar, dentro sua previsão orçamentária, recursos que deem condições de melhorar a mobilidade urbana na cidade. Ele ainda aponta que com o valor vigente da passagem, que atualmente é de R$ 2,90, a prefeitura deveria fazer com que se viabilizasse um percentual de fomento ao subsídio.
A UFSM presta, hoje, assistência estudantil àqueles alunos que precisam. Ou seja, o que é de competência da UFSM tem sido feito. Agora, essa questão (do subsídio) deve ser tratada pela prefeitura, que não pode se eximir de suas responsabilidades. O que o empresariado quer é jogar essa demanda no colo da federal.
Presença ainda indefinida
O DCE ainda não decidiu se estará presente na reunião do CMT, prevista para ocorrer na manhã da próxima sexta-feira, na sede do Sest/Senat. O coordenador de comunicação do diretório adianta que o conselho não é um espaço democrático. Para Mateus Luan, o CMT perdeu sua legitimidade e não tem, ao longo dos anos, zelado pelo interesse público da sociedade:
Trata-se de um espaço em que prevalece a lógica e o pensamento do empresariado. Um conselho, de fato, representativo deveria ouvir as pessoas. Ou seja, o trabalhador que utiliza cotidianamente o transporte. E lá, não se tem isso.
Na reunião da última terça-feira, a prefeitura apresentou o cálculo tarifário do transporte coletivo urbano de Santa Maria, que ficou em R$ 3,31. Contudo, a decisão por manter ou derrubar a cifra é do prefeito.
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