Com reajuste, preço mais barato da gasolina em Santa Maria chega a R$ 5,25 e, o mais caro, a R$ 6,58

Laura Gomes e Bibiana Pinheiro

Com reajuste, preço mais barato da gasolina em Santa Maria chega a R$ 5,25 e, o mais caro, a R$ 6,58

Foto: Nathália Schneider (Diário)

O aumento no preço da venda de combustíveis para distribuidoras, anunciado pela Petrobras na última terça-feira (15), já tem reflexo no bolso do consumidor da Região Central. Nesta área do Rio Grande do Sul, a gasolina mais barata está sendo vendida em Santa Maria a R$ 5,25, e a mais cara está custando R$ 6,64, em São Francisco de Assis. No início deste mês, o menor preço era R$ 4,87 e, o maior, R$ 6,17. O diesel também teve reajuste e pode ser encontrado pelos consumidores com uma variação de preço de R$ 0,10. Os dados correspondem às pesquisas realizadas pelo Diário no aplicativo Menor Preço, da Nota Fiscal Gaúcha, nos dias 3 e 16 de agosto.

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As mudanças nos preços dos combustíveis em Santa Maria e região

Para entender como o reajuste impactou nos preços dos combustíveis pagos pelos consumidores da Região Central, nesta quarta-feira (16), o Diário realizou um levantamento do custo da gasolina e do diesel em 16 municípios no aplicativo Menor Preço. Os resultados encontrados foram comparados com a última pesquisa veiculada na última sexta-feira, 3 de agosto. Confira a seguir.

Em Santa Maria, preço da gasolina varia entre R$ 5,25 e R$ 6,58

Assim como no início deste mês, Santa Maria continua registrando o preço mais em conta da gasolina na Região Central. A diferença é que, agora, o litro mais barato na cidade teve acréscimo de R$ 0,39. Em 3 de agosto, era R$ 4,87 e, nesta quarta-feira, é possível encontrar o combustível por R$ 5,25. Já o mais caro está custando R$ 6,58, o que representa um aumento de R$ 0,49 em relação à última pesquisa do Diário, quando o maior era de R$ 6,09.

Atrás de Santa Maria, os menores preços da gasolina podem ser encontrados em Faxinal do Soturno (R$ 5,39) e Santiago (R$ 5,46). Já os litros mais caros estão em São Francisco de Assis (R$ 6,64), São Gabriel (R$ 6,59) e Santa Maria (R$ 6,58).

Na semana passada, a maior parte dos 16 municípios da pesquisa tinham média de preço da gasolina na faixa dos R$ 5, sendo que Santa Maria era a única com posto comercializando o combustível por R$ 4,87. Além disso, apenas quatro cidades tinham valores que chegavam a R$ 6. Duas semanas depois e com o reajuste, atualmente, são 13 municípios da região com litro da gasolina acima de R$ 6.​

Preços da Gasolina Comum
3 de agosto
16 de agosto
Santa Maria
R$ 4,87 a R$ 6,09
R$ 5,25 a R$ 6,58
Cruz Alta
R$ 5,33 a R$ 5,84
R$ 5,59 a R$ 6,39
São Sepé
R$ 5,26 a R$ 5,62
R$ 5,69 a R$ 6,24
Júlio de Castilhos
R$ 5,58 a R$ 5,99
R$ 5,69 a R$ 6,29
São Pedro do Sul
R$ 5,19 a R$ 5,79
R$ 5,50 a R$ 6,09
Jaguari
R$ 5,48 a R$ 5,83
R$ 5,85 a R$ 6,26
Santiago
R$ 5,09 a R$ 5,72
R$ 5,46 a R$ 6,04
Faxinal do Soturno
R$ 5,29 a R$ 5,39
R$ 5,39 a R$ 5,79
Restinga Sêca
R$ 5,45 a R$ 5,59
R$ 5,50 a R$ 5,99
Agudo
R$ 5,58 a R$ 5,59
R$ 5,88 a R$ 5,88
Rosário do Sul
R$ 5,45 a R$ 5,86
R$ 5,66 a R$ 6,14
Caçapava do Sul
R$ 5,79 a R$ 6,09
R$ 6,14 a R$ 6,48
Nova Palma
R$ 5,61 a R$ 5,75
R$ 5,99 a R$ 6,00
São Gabriel
R$ 5,79 a R$ 6,17
R$ 5,82 a R$ 6,59
Tupanciretã
R$ 5,69 a R$ 5,99
R$ 5,79 a R$ 6,39
São Francisco de Assis
R$ 5,84 a R$ 6,14
R$ 6,34 a R$ 6,64

Preço mais baixo do diesel em Santa Maria é R$ 4,79

Com o anúncio da Petrobras, as distribuidoras comprarão o diesel por R$ 0,78 a mais a partir desta quarta-feira, o que representa um aumento de 26%. Nas bombas, o consumidor pode pagar, em média, R$ 3,34 a cada litro, mais os impostos e custos de revendas.

Santa Maria registrou na manhã desta quarta-feira, no aplicativo Menor Preço, o valor de R$ 4,79 como o mais em conta. Mas, os consumidores podem encontrar diesel até R$ 4,89 o litro na cidade.

Na região, o município é o segundo a ter o menor preço, com uma variação pequena, de R$ 0,10. Em contraste, em Cruz Alta, os preços variam de um pouco mais de R$ 1,50. Por lá, o maior valor do diesel chega a R$ 6,57.

Foto: Nathália Schneider (Diário)

Não somente na Região Central, mas em todo o país, o diesel é um dos recursos básicos do setor automobilístico e de transporte de cargas, em especial, no que diz respeito ao desenvolvimento das indústrias. Diante disso, o aumento no preço de venda para as distribuidoras pode impactar os custos com transporte. A discussão nacional ainda aponta a possibilidade de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) após o ajuste dos preços dos combustíveis.

Preços do Diesel
16 de agosto
Santa Maria
R$ 4,79 a R$ 4.89
Cruz Alta
R$ 5,09 a R$ 6,57
São Sepé
R$ 5,56 a R$ 6,20
Júlio de Castilhos
R$ 4,99 a R$ 6,29
São Pedro do Sul
R$ 5,65 a R$ 5,89
Jaguari
R$ 5,82 a R$ 6,48
Santiago
Não consta no app
Faxinal do Soturno
R$ 4,55 a R$ 6,09
Restinga Sêca
R$5,00 a R$ 5,98
Agudo
R$ 5,69 a R$ 5,89
Rosário do Sul
R$ 5,65 a R$ 5,75
Caçapava do Sul
R$ 5,87 a R$ 6,18
Nova Palma
R$ 6,00 a R$ 6,13
São Gabriel
R$ 4,83 a R$ 6,39
Tupanciretã
Não consta no app
São Francisco de Assis
Não consta no app

O reajuste da Petrobras

O reajuste da Petrobras está sendo aplicado na venda dos combustíveis das refinarias para as distribuidoras. Para a gasolina, o aumento é de R$ 0,41 por litro, passando a ser vendida por R$ 2,93, acrescido a impostos e custos de revenda. Já o diesel está sendo comercializado com acréscimo de R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro. Na prática, houve um aumento de preço de 16% da gasolina e de 26% do diesel.

Além desse, outros fatores também incidem, mas em menor proporção, sobre o preço dos combustíveis, como os custos de distribuição e, posterior, revenda nos postos; do etanol anidro e do biocombustível (que devem ser obrigatoriamente misturados à gasolina e ao diesel, respectivamente); dos impostos federais, como CIDE, PIS/PASEP e COFINS; e do tributo estadual, que é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

De acordo com a Petrobras, o cenário econômico atual e os custos da produção são os motivos que levaram ao aumento do preço da venda dos combustíveis às distribuidoras. Em nota, a empresa afirma que a nova política de preços adotada a partir de maio deste ano permitiu que houvesse, em um primeiro momento, redução e estabilidade nos custos dos combustíveis.

Porém, agora, a estatal diz que “a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar” e o “limite da otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares” tornaram necessário o reajuste para assegurar “reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”.

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