Foto: Nathália Schneider (Diário)
O aumento no preço da venda de combustíveis para distribuidoras, anunciado pela Petrobras na última terça-feira (15), já tem reflexo no bolso do consumidor da Região Central. Nesta área do Rio Grande do Sul, a gasolina mais barata está sendo vendida em Santa Maria a R$ 5,25, e a mais cara está custando R$ 6,64, em São Francisco de Assis. No início deste mês, o menor preço era R$ 4,87 e, o maior, R$ 6,17. O diesel também teve reajuste e pode ser encontrado pelos consumidores com uma variação de preço de R$ 0,10. Os dados correspondem às pesquisas realizadas pelo Diário no aplicativo Menor Preço, da Nota Fiscal Gaúcha, nos dias 3 e 16 de agosto.
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As mudanças nos preços dos combustíveis em Santa Maria e região
Para entender como o reajuste impactou nos preços dos combustíveis pagos pelos consumidores da Região Central, nesta quarta-feira (16), o Diário realizou um levantamento do custo da gasolina e do diesel em 16 municípios no aplicativo Menor Preço. Os resultados encontrados foram comparados com a última pesquisa veiculada na última sexta-feira, 3 de agosto. Confira a seguir.
Em Santa Maria, preço da gasolina varia entre R$ 5,25 e R$ 6,58
Assim como no início deste mês, Santa Maria continua registrando o preço mais em conta da gasolina na Região Central. A diferença é que, agora, o litro mais barato na cidade teve acréscimo de R$ 0,39. Em 3 de agosto, era R$ 4,87 e, nesta quarta-feira, é possível encontrar o combustível por R$ 5,25. Já o mais caro está custando R$ 6,58, o que representa um aumento de R$ 0,49 em relação à última pesquisa do Diário, quando o maior era de R$ 6,09.
Atrás de Santa Maria, os menores preços da gasolina podem ser encontrados em Faxinal do Soturno (R$ 5,39) e Santiago (R$ 5,46). Já os litros mais caros estão em São Francisco de Assis (R$ 6,64), São Gabriel (R$ 6,59) e Santa Maria (R$ 6,58).
Na semana passada, a maior parte dos 16 municípios da pesquisa tinham média de preço da gasolina na faixa dos R$ 5, sendo que Santa Maria era a única com posto comercializando o combustível por R$ 4,87. Além disso, apenas quatro cidades tinham valores que chegavam a R$ 6. Duas semanas depois e com o reajuste, atualmente, são 13 municípios da região com litro da gasolina acima de R$ 6.
Preços da Gasolina Comum | 3 de agosto | 16 de agosto |
Santa Maria | R$ 4,87 a R$ 6,09 | R$ 5,25 a R$ 6,58 |
Cruz Alta | R$ 5,33 a R$ 5,84 | R$ 5,59 a R$ 6,39 |
São Sepé | R$ 5,26 a R$ 5,62 | R$ 5,69 a R$ 6,24 |
Júlio de Castilhos | R$ 5,58 a R$ 5,99 | R$ 5,69 a R$ 6,29 |
São Pedro do Sul | R$ 5,19 a R$ 5,79 | R$ 5,50 a R$ 6,09 |
Jaguari | R$ 5,48 a R$ 5,83 | R$ 5,85 a R$ 6,26 |
Santiago | R$ 5,09 a R$ 5,72 | R$ 5,46 a R$ 6,04 |
Faxinal do Soturno | R$ 5,29 a R$ 5,39 | R$ 5,39 a R$ 5,79 |
Restinga Sêca | R$ 5,45 a R$ 5,59 | R$ 5,50 a R$ 5,99 |
Agudo | R$ 5,58 a R$ 5,59 | R$ 5,88 a R$ 5,88 |
Rosário do Sul | R$ 5,45 a R$ 5,86 | R$ 5,66 a R$ 6,14 |
Caçapava do Sul | R$ 5,79 a R$ 6,09 | R$ 6,14 a R$ 6,48 |
Nova Palma | R$ 5,61 a R$ 5,75 | R$ 5,99 a R$ 6,00 |
São Gabriel | R$ 5,79 a R$ 6,17 | R$ 5,82 a R$ 6,59 |
Tupanciretã | R$ 5,69 a R$ 5,99 | R$ 5,79 a R$ 6,39 |
São Francisco de Assis | R$ 5,84 a R$ 6,14 | R$ 6,34 a R$ 6,64 |
- Petrobras anuncia aumento da gasolina e do diesel para distribuidoras
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Preço mais baixo do diesel em Santa Maria é R$ 4,79
Com o anúncio da Petrobras, as distribuidoras comprarão o diesel por R$ 0,78 a mais a partir desta quarta-feira, o que representa um aumento de 26%. Nas bombas, o consumidor pode pagar, em média, R$ 3,34 a cada litro, mais os impostos e custos de revendas.
Santa Maria registrou na manhã desta quarta-feira, no aplicativo Menor Preço, o valor de R$ 4,79 como o mais em conta. Mas, os consumidores podem encontrar diesel até R$ 4,89 o litro na cidade.
Na região, o município é o segundo a ter o menor preço, com uma variação pequena, de R$ 0,10. Em contraste, em Cruz Alta, os preços variam de um pouco mais de R$ 1,50. Por lá, o maior valor do diesel chega a R$ 6,57.

Não somente na Região Central, mas em todo o país, o diesel é um dos recursos básicos do setor automobilístico e de transporte de cargas, em especial, no que diz respeito ao desenvolvimento das indústrias. Diante disso, o aumento no preço de venda para as distribuidoras pode impactar os custos com transporte. A discussão nacional ainda aponta a possibilidade de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) após o ajuste dos preços dos combustíveis.
Preços do Diesel | 16 de agosto |
Santa Maria | R$ 4,79 a R$ 4.89 |
Cruz Alta | R$ 5,09 a R$ 6,57 |
São Sepé | R$ 5,56 a R$ 6,20 |
Júlio de Castilhos | R$ 4,99 a R$ 6,29 |
São Pedro do Sul | R$ 5,65 a R$ 5,89 |
Jaguari | R$ 5,82 a R$ 6,48 |
Santiago | Não consta no app |
Faxinal do Soturno | R$ 4,55 a R$ 6,09 |
Restinga Sêca | R$5,00 a R$ 5,98 |
Agudo | R$ 5,69 a R$ 5,89 |
Rosário do Sul | R$ 5,65 a R$ 5,75 |
Caçapava do Sul | R$ 5,87 a R$ 6,18 |
Nova Palma | R$ 6,00 a R$ 6,13 |
São Gabriel | R$ 4,83 a R$ 6,39 |
Tupanciretã | Não consta no app |
São Francisco de Assis | Não consta no app |
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O reajuste da Petrobras
O reajuste da Petrobras está sendo aplicado na venda dos combustíveis das refinarias para as distribuidoras. Para a gasolina, o aumento é de R$ 0,41 por litro, passando a ser vendida por R$ 2,93, acrescido a impostos e custos de revenda. Já o diesel está sendo comercializado com acréscimo de R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro. Na prática, houve um aumento de preço de 16% da gasolina e de 26% do diesel.
Além desse, outros fatores também incidem, mas em menor proporção, sobre o preço dos combustíveis, como os custos de distribuição e, posterior, revenda nos postos; do etanol anidro e do biocombustível (que devem ser obrigatoriamente misturados à gasolina e ao diesel, respectivamente); dos impostos federais, como CIDE, PIS/PASEP e COFINS; e do tributo estadual, que é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
De acordo com a Petrobras, o cenário econômico atual e os custos da produção são os motivos que levaram ao aumento do preço da venda dos combustíveis às distribuidoras. Em nota, a empresa afirma que a nova política de preços adotada a partir de maio deste ano permitiu que houvesse, em um primeiro momento, redução e estabilidade nos custos dos combustíveis.
Porém, agora, a estatal diz que “a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar” e o “limite da otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares” tornaram necessário o reajuste para assegurar “reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”.