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'Tudo que adquiri em Santa Maria foi atuando no comércio. De repositor de prateleiras a gerente', diz funcionário

Pâmela Rubin Matge

data-filename="retriever" style="width: 100%;"> data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Embora tenha nascido em Quaraí, Gari Lucio Alves Castanho mudou-se para Santa Maria aos 6 anos, junto da família. Hoje, tem 48 e permanece na cidade em que orgulha-se de chamar de sua. Castanho veio porque o pai chegou para trabalhar na construção e recuperação dos trilhos de viação férrea da cidade. Desde menino, ele entendeu que pelos vagões pessoas chegavam e saiam da cidade, bem como mercadorias abasteciam armazéns, lojas e mercados. A propósito, era em algum daqueles trens que o pai "pegava" carona para ir ao trabalho, no Centro, e por onde chegavam as cargas dos produtos até do mercadinho do bairro que vendia de tudo um pouco arroz, feijão, cimento e adubo. A história dele é a primeira de uma série, em uma campanha lançada pelo Diário, com apoio da prefeitura, para ajudar o comércio local a se reerguer em meio a um cenário muito difícil. 

 #PorTodosNós: campanha do Diário, com  apoio institucional de diversas entidades empresariais e de trabalhadores da cidade.

Coincidência ou não, também foi no Coração do Rio Grande que Castanho aprendeu sobre fluxos, trocas e valores, sentidos que se ampliaram e se tornaram tão próximos e acabaram ditando seu ofício profissional há quase três décadas: o comércio.

- Sempre trabalhei com isso. Tudo que adquiri foi em Santa Maria e foi atuando comércio. De repositor de prateleiras a gerente. Minha casa, meu carro, tudo mesmo. Hoje dou importância quando a gente compra de um pequeno fornecedor, por exemplo. Tratamos do preço da mercadoria e do valor das pessoas, em poder conhecer pelo nome, de ter uma boa relação. Agora, com a pandemia, essas coisas aparecem. Tem senhorinhas aqui dos prédios da frente que a gente leva as sacolas até a porta delas, conversa, até escuta um desabafo. O coronavírus é algo assustador para todo mundo, mas nos cuidamos, nos higienizamos e lembramos dos cuidados para os clientes desde a porta, fornecendo álcool gel, usando máscaras, limpando os carrinhos.

ASSISTA AO VÍDEO:


Atualmente, Castanho é gerente de um supermercado de uma rede que emprega 3.340 pessoas, a Rede Super. Há 10 anos, ele gerencia o Supermercado Bertagnolli, no Bairro São José.

A rede de mercados apoia projetos sociais como Medianeira Instrumental e Circuito Cultural Infantil 2020. Na luta para reduzir os prejuízos causados pela pandemia, na última semana, a Rede Super doou 9 toneladas de alimentos e 2,4 mil unidades de produtos de limpeza, que foram destinados à Central da Solidariedade do município. Os mantimentos são distribuídos às populações mais vulneráveis da cidade.

INCENTIVO

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Renan Mattos (Diário)

Muitas das hortaliças e legumes como vendidos no Supermercado Bertagnolli como alface, rúcula, couve-flor, tempero-verde, tomate e pimentão são compradas de Luiz Milanesi, um produtor local, que vive no Bairro Pé de Plátano.

- O seu Milanesi é nosso guru das verduras. É aquele trabalhador de sol a sol, daqui. É nosso fornecedor há 20 anos A gente incentiva e nó ganhamos com isso, pois a verdura chega fresquinha todos os dias, às 7h. Pessoalmente também procuro consumir aqui no bairro. Vou sempre no mesmo barbeiro. No domingo, quando o mercado está fechado, vou no açougue de perto de casa e o xis e algum lanche busco no trailer mais próximo, que já conhecemos, porque todos têm o seu próprio negócio e precisam de renda. 

Milanesi, 62 anos, é casado e tem dois filhos, um que acabou o Ensino médio, e a filha que cursa enfermagem. A família depende da venda das hortaliças para viver.

- Para eles, (Supermercado Bertagnolli) todos os dias são 30 dúzias de alface, 12 dúzia de couve e umas 30 de tempero. Os açudes estão secos, não tem previsão de chuva e agora ainda me veio essa doença. Corro toda a cidade e está difícil vender, se não fosse pelo mercado, a coisa ia estar ainda mais complicada.

REDE SUPER

  • Atuação - Rede de supermercados
  • Fundação - 1996
  • Empregos diretos - 3.340
  • Empregos indiretos - 8 mil (Entre fornecedores, repositores, transportadores e demais segmentos)
  • Serviços oferecidos por via digital - Até o momento, cinco franqueados disponibilizam da compra digital. Basta fazer um cadastro no site, na aba Delivery. O valor da entrega depende de cada bairro.
  • Contato nas redes sociais - No Facebook e no Instagram 

#portodosnós
A campanha é uma iniciativa do Diário em parceria com a prefeitura de Santa Maria e conta com apoio de: AHturr , Ajesm, Apusm, Associação Rural de Santa Maria, ATU, Cacism, CDL, Espaço Contábil, OAB, Secovi, Secsm, SHRBS, Sindigêneros, Sindilojas, Sinduscon, Simprosm


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