Entrevista

'Não fujo das urnas', diz Farret, vice-prefeito de Santa Maria

Marcelo Martins

Com 73 anos, José Haidar Farret (PP) afirma que 2016, ano de eleição municipal, já está aí. O progressista de fala simples sustenta que o seu nome está, sim, à disposição do partido. Farret é seguro ao dizer que as sete décadas de vida e mais de meio século de experiência política são credenciais para que ele esteja na corrida eleitoral do próximo ano. Dotado de um humor peculiar, ele assegura estar bem de saúde e com a disposição de um político iniciante para, se for o entendimento do partido, se lançar em uma candidatura à prefeitura. E, assim, emplacar um terceiro mandato no comando do Executivo:

— Não fujo das urnas (risos). O partido deve começar a tratar disso (eleição) ainda neste ano.

A franqueza de Farret, no entanto, não se confunde com descuido na fala. Pelo contrário. Político da velha guarda, como ele brinca ao dizer, quando necessário ele escolhe as palavras mais apropriadas para responder às perguntas feitas pelo "Diário". Quando questionado se, no pleito do próximo ano, há um passivo do PMDB a ser pago com o PP, ele faz uma provocação:

— O PMDB tem que avaliar se o Farret foi bom, se foi leal e se o Farret trabalhou ou não. Fica a critério e na consciência de todos os peemedebistas. (...) Eu deixo a critério do partido para saber se eu mereço ou não o apoio deles em uma eventual pré-candidatura.

Memória em dia e porta-voz do governo

Quem convive com Farret, sabe que o político é dotado de uma memória invejável e, inclusive, capaz de lembrar datas e atos de governo de sua época. A receita, segundo ele, é o trabalho na administração municipal e também no consultório médico. Farret percorre, duas vezes por semana, os distritos da zona rural e as vilas da cidade com um só objetivo: levar ao governo municipal as demandas dessas localidades. Por quase uma hora, o político, de traços caricatos e de jeito peculiar, conversou com o "Diário" e falou sobre a administração municipal, eleições e, claro, política.

Diário de Santa Maria - O PP em Santa Maria é o Farret. Logo, o senhor concorrerá a prefeito em 2016?
José Haidar Farret - Eu não fujo das urnas. Se o partido julgar que eu sou experiente o suficiente e que tenho condições eu estarei pronto para concorrer. Tenho dito que estou sempre pronto para o pleito. O partido ainda não começou a tratar disso, até onde eu sei. Porém, o partido tem que começar essas tratativas ainda cedo.

Diário - Dentro do PP local o seu nome ainda segue sendo consenso a uma eventual candidatura?
Farret -
Acredito que sim, mas o PP tem três nomes bons, que são da nossa bancada na Câmara de Vereadores, e todos, obviamente, têm competência.

Diário - O senhor tem disposição e saúde para encarar um nova eleição?
Farret - Se Deus quiser e se Ele me der forças posso ser candidato. Aos 73 anos tenho mais experiência e costumo dizer que viver mais um ano é uma dádiva de Deus. Há quem diga que a morte é um descanso, mas eu prefiro viver cansado, mas continuar vivendo.

Diário - Há quem use o seu nome como exemplo da falta de novos nomes para as eleições locais. O que o Sr. diz sobre isso?
Farret - É um direito. Até porque para os cargos eletivos há sempre uma fila de pretendentes. Qualquer um pode ser candidato. Basta escolher um partido e se filiar. Mas acho que o que tem que mudar para não se ter mais os mesmos é ter uma boa plataforma. Mas é o eleitor, o cidadão quem diz se vai mudar. É um direito de todos quererem concorrer.

Diário - Dentro do PP há quem diga que o momento é de uma candidatura própria e, até mesmo, de se distanciar do PMDB? O sr. concorda?
Farret - Eu sou contra. O PP não pode dizer que não teve espaço no governo. Pelo contrário. Teve muito espaço. E mais: o pref

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